Capixaba relata clima na China após surto de coronavírus
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Natural de Vila Velha, o capixaba Felipe Muniz, de 23 anos, vive o sonho de morar em Xangai, na China. No entanto, com a crise do coronavírus, o sonho se tornou motivo de medo.

Mesmo não cogitando voltar ao Brasil por conta da doença, Felipe, que é formado em administração e estuda mandarim em uma universidade chinesa, se sente apreensivo por não ter a certeza de que está totalmente livre do risco de ser contagiado. "Eu sinto medo por não saber quem está contaminado ou não. Porém, aqui em Xangai, o governo chinês não fez nenhum tipo de alarme para a cidade. São 23 milhões de pessoas vivendo por aqui, 5 milhões de imigrantes, mas, até o momento, a cidade está funcionando normalmente", explicou.

Somente em Xangai, uma das cidades mais populosas do país, foram 101 casos confirmados do coronavírus, com 1 morte e 5 pessoas que foram completamente curadas. O uso de máscaras e a recomendação de higiene frequente (como lavar as mãos, usar álcool em gel e até mesmo realizar gargarejos) é o que mantém a população alerta para conter a propagação do vírus.
A China, que comemora o Ano Novo até o dia 1º de fevereiro, decidiu interromper as atividades turísticas por tempo indeterminado. Museus, avenidas e até mesmo a Disney chinesa, que recebe cerca de 60 mil pessoas por dia, estão completamente parados.
"Minha família fica receosa por eu estar aqui enquanto eles estão no Brasil, e constantemente me perguntam sobre os últimos dados da cidade onde eu moro. Estamos tentando viver do jeito que dá, sem criar alarde. Entre nós, da comunidade brasileira, combinamos que evitaríamos sair muito de casa e lugares com muitas pessoas. Não é nem por medo, mas principalmente, para a prevenção", comentou.
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