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Após fim de programa, médicos cubanos decidem permanecer no Estado

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31/08/2020 - 13:20

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A médica Griela Tirse, que já atuou na Venezuela, faz atendimentos na Unidade de Saúde de Jardim Camburi |  Foto: Dayana Souza/AT

Mais de 2.500 médicos cubanos decidiram ficar no Brasil, mesmo com o fim do Programa Mais Médicos, em 2018. O Espírito Santo tem, hoje, 51 profissionais que escolheram o Estado como sua nova casa. Do total, 31 trabalham em unidades de saúde da Grande Vitória.

É esse o caso dos médicos Frank Edgar Salomon Martinez, de 49 anos, e Griela Tirse Jimenez, 42. Eles fazem parte do time de 18 profissionais cubanos que foram recontratados pelo governo federal, em julho deste ano, para atuar nas unidades básicas de saúde e estão trabalhando em Vitória.

Fazendo atendimentos na Unidade de Saúde de Jardim Camburi, Griela contou que está adorando morar em Vitória com o filho, José Antuan Rivera Tirse, 15, e o marido, Paul Rivera Espin, 40.
Ela chegou ao Brasil em 2017 e foi direcionada pelo governo federal para trabalhar em Três Marias, Minas Gerais.

“Com o fim do programa, em 2018, ficamos mais de um ano sem poder trabalhar como médicos. No início deste ano, saiu um edital para a contratação de médicos cubanos e solicitei a vaga aqui para Vitória, onde estou desde julho”.

Griela Tirse já atuou na Venezuela e tem especialização em Saúde da Família.

Ela conta que escolheu a capital do Estado por vários motivos, mas, principalmente, pela quantidade de vagas oferecidas e também pela oportunidade de morar no litoral.

“Cuba é uma ilha, então o clima é parecido com o daqui. Eu já estava com muita saudade do mar. Sinto falta da família e um pouco da cultura de Cuba. Mas me receberam muito bem em Jardim Camburi”, relatou.

O novo contrato tem validade de dois anos, tempo que ela pretende usar para estudar e fazer a prova do Revalida, que vai autorizar a trabalhar como médica no Brasil fora do programa.

Esse é o mesmo plano do cubano Frank Edgar Salón Martines, que chegou ao Brasil em 2014 e hoje está trabalhando na Unidade de Saúde do Bairro República.

Depois de trabalhar na Venezuela e Guatemala, o médico veio para o Brasil atuar no Mato Grosso do Sul, onde conheceu a sua mulher, a advogada brasileira Joyce Cabreira Salomon, 46, com quem se mudou para a capital capixaba, de onde não pretende mais sair.

“Não conhecia Vitória, mas ouvi falar tão bem que escolhi vir para cá. A cidade foi além das minhas expectativas. Eu estou adorando”, comentou.

“Fiquei muito feliz ao saber que voltaria a trabalhar”

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Frank Edgar no consultório: “luta” |  Foto: Dayana Souza/AT

O médico cubano Frank Edgar Salomon Martinez, 49 anos, que começou a trabalhar na Unidade de Saúde do Bairro República, em Vitória, ficou impressionado com a organização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

Ele contou que trabalhou em países como Venezuela e Guatemala, no estado do Mato Grosso do Sul, e não tinha encontrado um sistema tão organizado e informatizado como em Vitória.

Frank Edgar relatou que enfrentou momentos muito difíceis quando ficou impedido de exercer sua profissão, depois que o Programa Mais Médicos acabou, e ainda mais com a chegada da pandemia do novo coronavírus ao País.

“Foi um momento muito difícil, muito triste para mim, porque tenho nacionalidade brasileira e sentia que era a minha responsabilidade ajudar, prestar meus serviços à população”, disse.

“Eu me sentia muito triste por não poder fazer nada e só assistir à luta dos colegas brasileiros contra a Covid-19. Fiquei muito feliz quando fui informado que poderia voltar a trabalhar! O mais importante era começar a lutar para ajudar a passar essa situação o mais rápido possível”, completou.


SAIBA MAIS 2.500 trocaram Cuba pelo Brasil


Mais Médicos

  • O programa foi criado em 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o objetivo de contratar médicos para atuarem nas unidades básicas de saúde.
  • apesar de brasileiros terem prioridade no preenchimento das vagas, a maioria delas ficou com profissionais cubanos, pelo acordo entre o Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o governo cubano.

Rompimento

  • Em novembro de 2018, o governo de Cuba anunciou que não participaria mais do Mais Médicos depois de cinco anos enviando profissionais de saúde ao País.
  • A decisão do governo cubano veio depois que o presidente Jair Bolsonaro afirmou que iria modificar os termos de colaboração do programa.
  • Na época, o Espírito Santo contava com 210 médicos cubanos atuando em postos de saúde de 60 municípios, inclusive na Grande Vitória. Em todo o País, eram 8.332 profissionais. As vagas foram preenchidas por médicos brasileiros chamados com um edital especial do Ministério da Saúde.
  • Com o fim do programa, mais de 2.500 médicos cubanos permaneceram no País, mas foram proibidos de trabalhar na área de saúde.

Novo programa

  • Em agosto de 2019, o governo do presidente Jair Bolsonaro criou o programa Médicos pelo Brasil, com o objetivo de aumentar a oferta de profissionais nas unidades de saúde, com salários de R$ 11,8 mil, além de gratificações.
  • no mesmo ano, uma portaria publicada pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério das Relações Exteriores regulamentou a residência no Brasil de cubanos que participaram do Programa Mais Médicos.
  • Em Março deste ano, o Ministério da Saúde reincorporou os profissionais cubanos que permaneceram no País ao Projeto Mais Médicos para o Brasil.

Fonte: Ministério da Saúde e pesquisa AT.

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