59 idosos morreram este ano por complicações da covid
É o número de óbitos no Estado, de janeiro até 16 de dezembro, de um grupo mais propenso a complicações relacionadas à doença
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As complicações decorrentes da covid-19 ainda representam uma das principais causas de mortalidade entre pessoas idosos. O grupo, especialmente vulnerável ao vírus, continua a ser o mais afetado pela doença, com altas taxas de letalidade.
De 1º de janeiro até o dia 16 de dezembro deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 59 mortes de pessoas com 60 anos ou mais por complicações relacionadas à doença.
Infectologista da Bluzz, Lorenzo Gavazza explica que essas pessoas apresentam um conjunto de fatores que as tornam mais suscetíveis a complicações diante de infecções respiratórias como gripes, resfriados e pneumonias.
“Entre as principais causas está o fato de que, com o avanço da idade, o sistema imune apresenta redução progressiva da sua funcionalidade, ficando cada vez menos eficaz para resolver situações de infecção que, em pessoas mais jovens, não passariam de um resfriado 'bobo'”, explica.
Além disso, esses indivíduos apresentam diversas comorbidades como pressão alta, diabetes, doenças cardiovasculares, e outras que fazem com que sua reserva metabólica seja mais frágil diante de qualquer infecção e de suas eventuais complicações.
“Os idosos devem estar sempre atentos e evitar entrar em contato com pessoas que estejam com sintomas gripais e, quando o fizerem, devem usar máscaras e higienizar as mãos com álcool ou água e sabão antes e após o contato”.
Para reforçar a proteção a esse público, em atualização feita pelo Ministério da Saúde, a vacina contra covid-19 passou a ser disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação dos idosos com mais de 60 anos e das gestantes. Para eles, o esquema vacinal recomendado é o de uma dose a cada seis meses, independentemente da quantidade de doses prévias recebidas.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde Sesa, Danielle Grillo, ressalta que a vacina contra covid também foi incluída e atualizada no Calendário Nacional de Vacinação, para o “esquema vacinal destinado a crianças de seis meses a menores de 5 anos de idade”.
Saiba Mais
Vacina da Índia
O imunizante Serum, da Zalika Farmacêutica, que começou a ser distribuído no Brasil pela primeira vez em dezembro, demonstrou alta eficácia contra casos sintomáticos de covid-19 em adultos.
Imunizante tem vantagens logísticas, como alto prazo de validade e facilidade para o transporte e armazenamento, já que pode ser conservado em temperatura entre 2ºC e 8ºC.
Ele será utilizado no Brasil para indivíduos com 12 anos ou mais, faixa etária aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Crianças com menos de 12 anos
Será distribuída a vacina de RNA mensageiro da Pfizer. As crianças que iniciarem o esquema com essa vacina deverão receber três doses do imunizante, com intervalos de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose; e de oito semanas entre a segunda e terceira dose.
Já as crianças que iniciaram o esquema com a vacina da Moderna devem concluir o esquema de duas doses com esse mesmo imunizante, com intervalo de quatro semanas entre a primeira e a segunda dose.
Comorbidade
A vacinação dos demais grupos a partir de 5 anos de idade será realizada periodicamente: a cada seis meses para imunocomprometidos e a cada ano para os demais grupos.
As principais comorbidades são: diabetes, pneumopatias crônicas graves (como fibrose cística e asma grave), hipertensão arterial, problemas cardíacos, doenças neurológicas, doenças renais, síndrome de Down.
Vacinação
O Espírito Santo já recebeu a vacina do laboratório Serum e está aguardando novas remessas da Pfizer para o público infantil. A vacina da Moderna já foi distribuída.
O Estado está capacitando equipes, e municípios já estão iniciando a vacinação de acordo com as novas orientações do calendário básico.
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