1.199 pacientes no ES na fila do transplante de rim
Transplante renal, de acordo com especialistas, tem como principal vantagem melhorar a qualidade de vida do paciente
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A principal função do rim é filtrar o sangue, remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Quando os rins perdem essa capacidade, a pessoa é diagnosticada com insuficiência renal e o transplante pode ser indicado.
No Espírito Santo, até a última segunda-feira (26), havia 1.199 pacientes aguardando na fila de espera para receber um rim, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES).
O transplante renal, de acordo com especialistas, tem como principal vantagem melhorar a qualidade de vida do paciente, que precisa se submeter a diálises frequentemente.
“Quando analisamos os resultados, o transplante confere uma melhor sobrevida para o paciente do que para aqueles que ficam em regime de hemodiálise ou diálise peritoneal. Além da qualidade de vida que o paciente consegue, já que não precisa ficar ligado à máquina para filtrar o sangue, ele terá um tempo maior de vida”, destaca o urologista Cláudio Borges.
Central
Maria Machado, coordenadora da CET-ES, explica que cada estado tem uma central que regula a fila, sendo essa central responsável pelo cadastro e distribuição do órgão.
“Existe o doador cadáver e o doador vivo. No caso do transplante renal, o paciente pode procurar dentro dos familiares, até o quarto grau, um doador compatível. Sendo encontrado esse doador será agendada a cirurgia. No caso do doador cadáver, segue todos os critérios da lista de espera”.
FIQUE POR DENTRO
Recorde
Segundo levantamento da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), houve um crescimento ao longo dos últimos seis anos, culminando em um recorde de 142 transplantes realizados em 2023.
Em 2018, o Estado registrou um total de 103 transplantes, seguido de 134, em 2019. Já em 2020, devido à pandemia da covid-19, os números tiveram uma queda, e foram realizados apenas 85 procedimentos. Em 2021, o número chegou a 108 transplantes, seguido de 104 no ano de 2022.
Como ser um doador
No Brasil, o transplante só acontece com a autorização de um familiar do doador. Por isso é fundamental falar coma família sobre o desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização por escrito do familiar.
Que tipos de doador existem?
Doador vivo - Qualquer pessoa saudável pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até 4º grau e cônjuges podem ser doadores; não-parentes somente com autorização judicial.
Doador com morte encefálica - São pacientes em UTI com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico.
Quais órgãos e tecidos podem ser doados?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim, córnea, ossos, músculos e pele.
Diagnóstico de morte encefálica
O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de exames complementares.
Quem recebe os órgãos ou tecidos doados?
Aquele que estiver na lista de espera gerenciada pela Central de Transplantes do Estado, e for compatível com o doador.
Fonte: Sesa.
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