Câmera de segurança flagrou vizinho acusado de matar casal em Santa Leopoldina. Veja foto
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Os mistérios que envolviam o assassinato do casal Marinelva Venturim de Paula, 62 anos, e o marido dela, o estilista D'ali Atash, 68, foram desvendados, no início da noite de ontem. A polícia prendeu o suspeito de cometer o crime, que é um vizinho das vítimas.
O acusado, identificado pela Polícia Civil como José Carlos Marinho, era vizinho do casal e teria assassinado as vítimas por vingança, após uma discussão que teve com D'ali, há dois anos.

O motivo da briga seria a construção de uma estrada dentro do sítio onde Marinelva e seu marido moravam.
“Ele (acusado) comprou uma chácara de uma outra pessoa e essa pessoa falou que ele poderia usar uma estrada que passava por dentro do sítio do D'ali. Só que esse vendedor em nenhum momento avisou o D'ali e aí ele (D'ali) fechou a estrada, e isso gerou um clima ruim entre os dois, que culminou no assassinato”, disse o investigador responsável pelo caso, Elson de Oliveira Batista.
Após dois anos do ocorrido, por volta das 12 horas do último domingo, o acusado do crime foi até a propriedade do casal e tocou o interfone principal da residência, que foi atendido por D'ali. As imagens do sistema de videomonitoramento revelaram para a polícia o que realmente aconteceu no momento da execução.
“Ele chegou ao portão, conversou alguns instantes com D'ali e ele ficou em pé do lado de fora. A dona Marinelva foi até o marido, pegou um banco e se sentou do lado dele. Em determinado momento do vídeo, dá para ver que ela fala algo e o acusado 'do nada' dá um tiro na cabeça do D'ali, que estava com a cabeça baixa”, conta o investigador.
Ao ver que o marido foi atingido, segundo o investigador, a advogada ainda tentou correr, mas foi alvejada com três disparos efetuados por José. Assim como o marido, ela acabou não resistindo e morreu no local. Após o crime, o criminoso ainda acendeu um cigarro e saiu andando.
“Ele fez isso por um motivo banal. Num ato de covardia”, disse o investigador Elson.
O assassino foi preso em Itarana, na casa de um parente, quando se preparava para fugir para o Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ele confessou o crime e disse que o fez porque foi ameaçado pelo casal.
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