Quem são pai e filho suspeitos de envolvimento no sumiço de quatro homens no PR
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A Polícia Civil do Paraná investiga o desaparecimento de quatro homens que sumiram após realizarem a cobrança de uma dívida em uma fazenda na cidade de Icaraíma, região sudoeste do Estado - a cerca de 610 quilômetros da capital Curitiba.
O caso é investigado como homicídio e uma das hipóteses é de que o grupo tenha sido executado por dois dos possíveis devedores cobrados, Antonio Buscariollo, 66 anos, e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, 22, que são pai e filho. A reportagem não localizou a defesa de ambos.
As vítimas são:
- Alencar Gonçalves de Souza Giron, de 36 anos;
- Rafael Juliano Marascalchi, de 43;
- Robishley Hirnani de Oliveira, 53;
- Diego Henrique Afonso, 39.
Eles estão desaparecidos desde a última terça-feira, 5, quando foram à fazenda dos Buscariollo cobrar um valor que a família supostamente devia para Alencar.
O grupo foi ao Paraná na semana passada, encontrou-se com os devedores pela primeira vez na segunda-feira, 4 de agosto, e voltou ao mesmo endereço no dia seguinte, por volta do meio-dia, para uma nova cobrança.
Na quarta, 6, familiares do Alencar procuraram a polícia para informar sobre o desaparecimento dele. Neste mesmo dia, os investigadores chegaram a conversar com Antônio e Ricardo Costa. Eles ainda não estavam na condição de suspeitos.
Na mesma quarta-feira, os policiais descobriram que não tinham informações do paradeiro dos outros três cobradores de São Paulo, bem como do veículo que tinham usado, e também passaram a ser tratados como desaparecidos.
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foram acionados para ajudar nas buscas e atuam, desde a semana passada, para localizar as quatro vítimas. Helicópteros e cães farejadores têm sido usados nessas operações, bem como sonares para averiguar as áreas de rios.
A Polícia Civil diz que também continua investigando o caso para saber o paradeiro dos quatro homens. “A principal hipótese que trabalhamos é homicídio, mas não podemos descartar nada”, disse o delegado Menezes.
Outras possibilidades, como a participação de outras pessoas no crime e até o envolvimento do crime organizado, estão sendo apuradas.
“A investigação chegou em uma linha que a gente colheu muita informação, agora é organizar e fazer os pedidos judiciais para chegar a uma linha para direcionar para solucionar o caso”, disse o delegado Thiago Andrade Inácio, de Icaraíma.
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