X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta? Faça o login

Login

ATENÇÃO

Para sua segurança, a partir do dia 24/06, o acesso ao portal TRIBUNA ONLINE, ao CLUBE DE VANTAGENS e ao APP A TRIBUNA DIGITAL será feito usando o seu e-mail como login e o seu CPF ou CNPJ como senha. Dúvidas: Whatsapp para 27 99583-2597 ou ligue pelo 27 3323-6333.

Whats SUPORTE AO ASSINANTE

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

logo do clube de vantagens em 4k

Confirme alguns dados para seu primeiro acesso ao clube de vantagens:

Brasil

WhatsApp Icone Facebook Icone Twitter Icone

Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado

Foco principal do texto era diminuir o período em que políticos condenados ou cujos mandatos foram cassados ficam sem os direitos públicos

foto autor
Cézar Feitosa, da Agência Folhapress
21/08/2024 - 15:16

Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado
Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado |  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, nesta quinta-feira (21), uma proposta que altera regras para a aplicação da inelegibilidade de políticos e, segundo especialistas, pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O foco principal da proposta, segundo os senadores, era diminuir o período em que políticos condenados ou cujos mandatos foram cassados ficam sem os direitos políticos.

Apesar de a legislação atual falar em inelegibilidade por oito anos, em muitos casos a pena é alargada, já que o prazo só passa a contar após o trânsito em julgado dos processos.

Uma brecha no projeto de lei, porém, altera os casos em que a Justiça Eleitoral pode condenar políticos à inelegibilidade.

O texto aprovado fala que a perda do direito político só será permitida quando o condenado por abuso de poder econômico ou político tiver comportamentos que possam "implicar a cassação de registros, de diplomas ou de mandatos".

Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto foram condenados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela prática de abuso de poder político, no caso dos ataques às urnas em encontro com embaixadores; e econômico, pelo uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.

O ex-presidente não teve cassado seu registro de candidatura —não sofreu também perda do diploma nem do mandato, já que não foi eleito. Segundo a decisão do TSE, a cassação só não ocorreu pelo fato de a "chapa beneficiária das condutas abusivas não ter sido eleita".

O advogado Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, disse à Folha que a forma como a proposta foi escrita pode abrir brechas para que Bolsonaro tente anular a inelegibilidade na Justiça.

"No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por abuso de poder político nas eleições de 2022, a inelegibilidade atual não implicou em cassação de registro ou diploma, uma vez que ele perdeu a eleição. Sob a nova redação, Bolsonaro poderia recuperar sua elegibilidade", afirmou Márlon.

Ele destaca que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que a inelegibilidade "não é pena" e que, por isso, pode se "submeter ao princípio da retroatividade".

"Assim, caso o PLP 192/2023 seja aprovado como passou pela Câmara e pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Bolsonaro poderá pleitear registro de candidatura na eleição presidencial de 2026", disse o advogado.

O advogado Renato Ribeiro de Almeida, coordenador acadêmico da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), afirma que o projeto de lei "muda radicalmente alguns entendimentos acerca da Lei da Ficha Limpa".

"A partir dessa reflexão, é necessário entender se a sociedade brasileira defende afrouxar algumas regras da Lei da Ficha Limpa. Estamos falando de uma lei que partiu da iniciativa popular. E também é importante avaliar se isso não é só uma tentativa casuística de promover a eventual candidatura do ex-presidente Bolsonaro", disse Renato.

Para o advogado, não é ideal que o Congresso discuta mudanças na legislação eleitoral tão próximo do pleito municipal, por mais que as mudanças não afetem diretamente as disputas de 2024.

"As pessoas estão interessadas na legislação eleitoral. Estamos em campanha municipal, e o Congresso Nacional vai discutir um tema desses, que tem repercussão sobre a nossa democracia, em cima de hora, sem a devida maturação e análise", afirma.A autora da proposta foi a deputada Dani Cunha (União Brasil-RJ), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Ele está inelegível desde 2016, quando foi cassado pela Casa sob acusação de montar um esquema para esconder patrimônio no exterior e receber propina.

Em 2022, o STF reverteu decisão da Justiça Federal de Brasília que tornava Cunha elegível. O ex-deputado acabou impedido de disputar o pleito daquele ano

Se a proposta for aprovada pelo Senado, a expectativa é que Cunha retome os direitos políticos para as eleições de 2026.

O relator da proposta no Senado é o senador Weverton Rocha (PDT-MA). Ele nega que o projeto de lei tenha o objetivo de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro.

"Eu não conheço o caso do Bolsonaro. Não dá para falar de pessoas, não é para personalizar. Se alguém, ele ou Lula, quem quer que seja, se encaixar em alguma situação dessa, é o que se trata", disse Weverton.

O relator defende que o objetivo da proposta era garantir que políticos condenados ou cassados possam cumprir apenas oito anos de inelegibilidade.

Hoje, esse período acaba se estendo, já que a perda dos direitos políticos começa na decisão, e o prazo só passa a contar no trânsito em julgado.

O texto já foi aprovado pela Câmara e, agora, basta o plenário do Senado dar aval à proposta para ela seguir à sanção presidencial.

Na comissão, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) foi um dos poucos críticos à proposta. "A aprovação da Lei da Ficha Limpa foi um grande avanço para a democracia brasileira, pois foram fixados prazos mais rigorosos de inelegibilidade, voltados a proteger a moralidade para o exercício do mandato", disse.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado

BRASIL

Trecho de rodovia atingida por rompimento de barragem desaba em MS

Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado

BRASIL

Polícia indicia responsável por peeling de fenol por homicídio com dolo eventual

Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado

BRASIL

Leite diz que há descompasso entre anúncios do governo federal ao RS e entregas

Proposta que pode reverter inelegibilidade de Bolsonaro avança no Senado

BRASIL

Ibirapuera faz 70 anos: como parque virou referência cultural e ambiental em SP

Ícone tags Tags Dani Cunha eleições 2026 inelegibilidade Jair Bolsonaro Lei da Ficha Limpa política brasileira senado Weverton Rocha
Receba notícias pelo Telegram Receba notícias pelo Telegram
Receba notícias pelo Whatsapp Receba notícias pelo Whatsapp
google-news-icone

Siga-nos no Google Notícias

Siga-nos no Google Notícias

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes. Leia e comente! Já é assinante? Acesse para fazer login
Assinar Assine A Tribuna por apenas R$0,33/dia acesse todo conteúdo do portal, participe de sorteios especiais, faça parte do Clube de Vantagens com descontos em vários estabelecimentos.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso