Pessach: o significado e as tradições da páscoa judaica
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Deste sábado, 12, famílias judaicas em todo o mundo iniciaram a celebração do Pessach, festa que é frequentemente chamada de “Páscoa judaica”, mas não tem nada a ver com a celebração cristã. O Pessach se refere a dois fatos interligados: a libertação do povo hebreu após 400 anos de escravidão no Egito, sob a liderança de Moisés e a mando de Deus, há cerca de 3.500 anos, e uma praga que assolou o antigo Egito, segundo a Torá (o livro sagrado do judaísmo).
O “anjo da morte” passou por cima das casas dos hebreus – cujos batentes das portas, a mando de Deus, estavam marcados com sangue de cordeiro –, entrou nas casas egípcias e matou os primogênitos dessas famílias. Os hebreus foram poupados.
Depois de viverem e prosperarem por quase dois séculos no Egito, os hebreus foram escravizados por um faraó que passou a tratá-los como inimigos. Nessa situação viveram vários séculos, até que Moisés e seu irmão Aarão, comandados por Deus, passaram a exigir que o faraó libertasse o povo de Israel.
Mas o faraó se recusou e então Deus enviou dez pragas sobre o Egito. Somente após a décima praga, que causou a morte de todos os primogênitos egípcios (animais, humanos e até mesmo o filho do faraó), o faraó permitiu a libertação dos hebreus, dando origem ao Êxodo.

Durante o período do Pessach, os judeus mantêm uma alimentação especial, com produtos relacionados ao período em que fugiram do Egito.
A Torá conta que, no início do Êxodo, os israelitas assaram seus pães antes que a massa fermentasse, na pressa de deixarem para trás a terra da servidão. Este pão é a matzá, tema central do feriado festivo e consumido no lugar do pão comum durante todos os dias de Pessach. É permitido também consumir bolo e pizza de matzá, pão de queijo e tapioca (que não são feitos dos cereais que se tornam chamêtz).
O consumo de chamêtz, como são chamados os alimentos fermentados (que os hebreus não tiveram tempo de comer, ao saírem do Egito), é proibido durante todos os dias de Pessach, para que os judeus atuais vivenciem o mesmo que seus antepassados sofreram no Êxodo.
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