Motorista é preso por cárcere privado e tentativa de homicídio de socialite bilionária no Rio
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A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu o motorista José Marcos Chaves Ribeiro na sexta-feira, 29. Ele é acusado por cárcere privado e tentativa de feminicídio da socialite Regina Lemos Gonçalves, de 89 anos. O homem foi encontrado em uma mansão que pertencia a uma irmã falecida da socialite, no bairro São Conrado, na zona sul carioca.
Segundo o G1, o homem foi encontrado no imóvel após um amigo da família de Regina notar uma movimentação na casa. Ele acionou, então, a polícia. Ribeiro estava foragido desde novembro, quando fugiu de uma ação da Operação Dama de Ouros.
A defesa do motorista afirmou, ao G1, que ele é inocente. Também falou que há “fatos ainda não conhecidos pela sociedade, mas que já estão sendo submetidos às autoridades competentes e serão devidamente esclarecidos no âmbito do processo”.
Ribeiro também é acusado de sequestro, violência psicológica e furto qualificado contra Regina. A socialite é viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag. Em 1994, a herança foi de R$ 2,5 bilhões.
O que Regina relatou sobre o motorista?
O caso ganhou repercussão nacional em abril do ano passado, após vizinhos estranharem o desaparecimento por meses de Regina do luxuoso Edifício Chopin, localizado na Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul carioca.
Segundo familiares, ela teria sido mantida em cárcere privado pelo seu ex-motorista particular, José Marcos Chaves Ribeiro, então com 53 anos, com quem tinha uma união estável. Em janeiro, ela teria conseguido escapar para casa de um irmão.
“Eu vivia em cativeiro, sem contato com ninguém”, afirmou a socialite ao Fantástico, no ano passado. “Resolvi fugir para por um final nisso”, declarou.
À Justiça, Ribeiro alegou que os dois viveram um relacionamento amoroso e apresentou uma escritura de união estável registrada em 2021. Na época, estava com 50 anos; Regina tinha 85. Teriam vivido juntos por 14 anos.
O motorista declarou à Justiça que Regina só saiu de casa porque teve “um surto decorrente de seu estado frágil e de confusão mental”.
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