Maior sucuri do mundo na Amazônia
Cientistas afirmam ter encontrado uma nova espécie da cobra, com quase oito metros de comprimento e cerca de 200 quilos
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Cientistas relataram ter encontrado na Amazônia, na porção norte da América do Sul, a maior cobra do mundo já registrada: uma nova espécie de sucuri, com quase oito metros de comprimento e pesando cerca de 200 quilos.
A nova espécie de sucuri-verde (também chamada de anaconda verde) foi demonstrada pelo apresentador de TV professor Freek Vonk, que estava acompanhado de um grupo de cientistas, para uma nova série sobre vida selvagem.
A cobra é tão grossa quanto um pneu de um carro e tem uma cabeça do tamanho da de um ser humano, informaram os pesquisadores. “Ela é como um monstro, parece um ser mitológico”, afirmou o professor, que também é cientista.
Até o momento, apenas uma espécie de sucuri-verde havia sido reconhecida na Amazônia, e seu tamanho chegava a, no máximo, sete metros de comprimento.
Vonk fez um post revelando a novidade em seu perfil no Instagram. A espécie foi apresentada em um estudo publicado na última sexta-feira na revista científica Diversity.
“Descobrimos que a maior espécie de cobra do mundo, a anaconda verde, como todos a conhecemos pelos filmes e por todas as histórias sobre cobras gigantes- corresponde, na verdade, a duas espécies diferentes”, disse Vonk.
Segundo o professor, que apresenta programas de TV sobre vida selvagem, as sucuris-verdes que ocorrem ao norte de sua distribuição na América do Sul parecem pertencer a uma espécie completamente diferente.
Ou seja, a população de anacondas verdes do norte na bacia do Orinoco (Equador, Colômbia, Venezuela, Trinidad, Guiana, Suriname) é uma espécie separada, distinta da encontrada no Sul (Peru, Colômbia, Bolivia e Brasil). Apenas na Guiana Francesa as duas espécies parecem coexistir. A localização da cobra gigante catalogada no estudo não foi especificada.
Embora pareçam quase idênticas à primeira vista, a diferença genética entre as sucuris do norte e as do sul é de 5,5%, o que é muito significativo.
Apesar de recém-descoberta, a nova espécie já está sob ameaça. “A região amazônica está sob forte pressão devido às mudanças climáticas e ao desmatamento contínuo. A sobrevivência destas cobras gigantes está intimamente ligada à proteção do seu habitat natural”.
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