Linha de metrô tem novo descarrilamento nesta quinta-feira em SP
O problema ocorreu em decorrência de uma falha em um equipamento
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Um trem de passageiros da linha 8-diamante descarrilou na manhã desta quinta-feira (30) na região da estação Júlio Prestes, em São Paulo. Os passageiros tiveram de descer da composição e caminhar sobre os trilhos.
Os trens dessas linhas operam com velocidade reduzida e maior tempo de parada desde a segunda-feira (20) como forma de melhorar a segurança das operações.

As linhas têm registrado uma série de problemas e a medida foi tomada após o caso mais recente, no último (18), quando um trem com passageiros descarrilou na linha 8, entre as estações Sagrado Coração e Itapevi - uma mulher passou mal e precisou ser socorrida.
Nesta quinta, o descarrilamento ocorreu às 7h, na região de Júlio Prestes, em decorrência de uma falha em um equipamento chamado Assistente de Mudança de Via.
"A ocorrência aconteceu na região de Júlio Prestes. Não houve feridos e todos os passageiros que estavam no trem desembarcaram em segurança com o auxílio dos agentes de atendimento e segurança. A Linha opera normalmente entre Barra Funda e Itapevi. Passageiros com destino a Júlio Prestes devem descer na estação Barra Funda e utilizar a linha 7-rubi", explicou a concessionária.
A composição atingiu a outra linha e por isso não é possível fazer a operação singela ou por via única.
No site da CPTM, até por volta das 7h40 constava a informação de operação normal para a linha 8-diamante. Após esse horário, foi feita uma atualização, mas sem citar o descarrilamento. Consta apenas uma informação sobre problema em equipamento de via.
"Devido à uma falha em equipamento de via próximo à estação Júlio Prestes,os trens da linha 8-diamante estão circulando entre as estações Palmeiras-Barra Funda e Itapevi. O trecho entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda está sendo atendido pelos trens da linha 7-rubi", traz a informação no site.
Diversos passageiros reclamaram nas redes sociais. "Essa empresa tá fazendo o Governo de bobo e os usuários de cobaias. Estão esperando mortes para tomar providências? Aí não vai adiantar mais", escreveu Gilmar Cremaschi.
"Se um descarrilamento é apenas uma falha, dá pra entender porque quando os trens estão atrasados eles informam que está tudo normal", apontou Sebastián Aráguiz.
"A linha 8 não tem um dia de paz, falhas recorrentes e agora esse descarrilamento que não é surpresa e ninguém toma uma providência", escreveu uma usuária identifica como Beatriz..
"Será possível que será preciso acontecer uma tragédia pra tomarem vergonha e consertar esses trilhos?", questionou Paula Dundee.
"Cadê o governador que tanto defende a privatização mas não anda de trem? Até quando vão permitir essa operação perigosa da Via Calamidade? Até acontecer uma tragédia? Lamentável os riscos que a população tem que passar pra buscar o ganha pão", reclamou Caique Souza.
A concessionária afirmou no dia 20 que identificou pontos importantes a serem corrigidos e que a redução da velocidade máxima (de 90 km/h para 70 km/h em alguns trechos) é necessária para o serviço de manutenção de trilhos e dormentes. Já o tempo de espera nas estações deve ter um acréscimo de 1 minuto. Nos trechos onde há a troca de trilhos a velocidade passou de 40 km/h para 25km/h.
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