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Brasil

Justiça manda soltar homem negro que foi amarrado pelos pés e mãos por PMs

O rapaz é acusado de furtar duas caixas de bombons, em um supermercado


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Imagem ilustrativa da imagem Justiça manda soltar homem negro que foi amarrado pelos pés e mãos por PMs
Momento em que os policiais arrasram o acusado |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal de Justiça paulista mandou, nesta terça-feira (25), soltar o homem negro que foi detido por policiais militares sob acusação de furtar duas caixas de bombons de um supermercado no bairro de Vila Mariana, na zona sul de São Paulo.

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Na ocasião, o homem de 32 anos teve as mãos e os pés amarrados. Em vídeo nas redes sociais, ele apareceu sendo arrastado e carregado pelos policiais até ser colocado na parte de trás de uma viatura. O episódio ocorreu em em 4 de junho.

"Foi feito justiça. Com relação a esse caso, efetivamente, ele não deveria estar preso. Ele foi aviltado na dignidade dele e só existem ilações, palavras", afirma o advogado José Luiz de Oliveira Junior, defensor do suspeito, que deve ser libertado nesta quinta (27) após audiência no tribunal.

Em conversa com a Folha de S.Paulo no dia 8, Oliveira Junior disse que seu cliente estava com fome ao cometer o crime.

Devido à repercussão do caso, a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli solicitou, no dia 12 de junho, à PM os vídeos gerados pelas câmeras afixadas às fardas dos policiais e deu à corporação prazo de cinco dias para o envio das imagens, o que foi feito no dia 16, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

O acusado foi encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste, após a juíza declarar que ele era reincidente e quebrou a confiança que a Justiça depositou nele -ele cumpria pena em regime aberto.

À época, em nota, a Polícia Militar lamentou o episódio e afirmou que a conduta dos policiais não foi compatível com o treinamento e os valores da instituição. Foi instaurado um inquérito para apurar o caso, e seis policiais foram afastados preventivamente das atividades operacionais.

Os PMs envolvidos no caso disseram ter amarrado o suspeito porque ele teria resistido à abordagem e os ameaçado. A informação consta no boletim de ocorrência registrado no 27° DP (Campo Belo).

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