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Brasil

Governo autoriza estoque de frango em contêiner para reduzir impacto em exportações

Decisão foi tomada pela pasta nesta quarta-feira (21), após um pedido ser apresentado pela ABPA


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O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) autorizou, em caráter excepcional, o uso de contêineres refrigerados para fazer o armazenamento de frango e produtos derivados, como forma de reduzir o impacto causado pelo surto da gripe aviária, que interrompeu as exportações de frigoríficos brasileiros para dezenas de países.

A decisão foi tomada pela pasta nesta quarta-feira (21), após um pedido ser apresentado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), conforme informações obtidas pela reportagem. Na prática, o setor busca alternativas para evitar prejuízos com a paralisação da cadeia produtiva.

A medida autoriza o armazenamento temporário de cargas já inspecionadas pela vigilância sanitária e prontas para exportação. Fora do sistema tradicional de estocagem, os alimentos deverão ficar em contêineres frigorificados, equipamentos que têm sistema de refrigeração ativo e que costumam ser usados para transportar ou manter produtos em temperaturas controladas.

A medida deve ter validade limitada ao período de emergência. As empresas que optarem pelo uso dos contêineres terão de garantir o controle auditável das cargas, além da preservação das condições sanitárias dos locais e a rastreabilidade do material.

O pleito foi apresentado pela ABPA em nome do setor. Caberá a cada empresa interessada cumprir os requisitos para obter a liberação junto ao Mapa.

Além do armazenamento extra, a associação pediu autorização para que seja permitida a eventual transferência de produtos entre estabelecimentos registrados na mesma unidade de produção, o que está sob análise da área técnica responsável no ministério.

A reportagem questionou o Mapa sobre o assunto, mas não obteve resposta. A ABPA confirmou as informações e declarou que se trata de uma "medida preventiva, para uma eventual necessidade de ampliação de capacidade momentânea de estocagem de determinadas unidades produtoras do Brasil".

"A iniciativa já foi adotada em situações consideravelmente mais severas, como a greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018", afirmou a associação. "Vale reforçar que a medida tem caráter estritamente preventivo e atende a todos os critérios sanitários estabelecidos para manutenção da qualidade dos produtos."

Durante a greve dos caminhoneiros, em maio de 2018, houve interrupção generalizada da logística no país, o que levou a atrasos na distribuição de ração e no transporte de animais e carnes. A autorização emergencial de armazenamento e outras medidas de contingência foram para evitar perdas em larga escala na produção.

Nesta quarta-feira (21), o Mapa atualizou a situação dos embargos mundiais ao frango nacional, em decorrência da confirmação do foco de influenza aviária de alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro (RS).

Até o momento, a suspensão total das exportações do Brasil envolve os 27 países da União Europeia, além de outras 20 nações: China, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, África do Sul, União Euroasiática, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Filipinas e Jordânia.

A suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul é aplicada pelo Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão e Ucrânia.

Já a suspensão para o município de Montenegro (RS) foi adotada pelo Japão e Arábia Saudita. O Mapa tem buscado formas de regionalizar os embargos e, como mostrou a Folha de S.Paulo, enviou pedido formal à China para que adotasse esse caminho.

O Brasil exporta 35% de sua produção nacional de frango, que tem como destino cerca de 160 países. Os dados da ABPA que, em 2024, a produção de frango no país atingiu 14,97 milhões de toneladas. Desse volume, 5,29 milhões de toneladas foram exportadas. A receita obtida com as exportações foi de US$ 9,93 bilhões, um crescimento de 1,34% em valor e de 2,96% em volume, em comparação com 2023.

A China é a maior compradora de frango do Brasil e respondeu por 10,5% das importações em 2024, quando recebeu 562 mil toneladas. O país é seguido pelos Emirados Árabes Unidos (455 mil toneladas), Japão (443 mil toneladas), Arábia Saudita (370 mil toneladas) e África do Sul (325 mil toneladas).

Segundo os dados da ABPA, os cortes de frango são os produtos mais vendidos aos estrangeiros, sendo 74,45% das exportações totais. O frango inteiro representa 20,22%, enquanto os produtos industrializados e salgados equivalem a 5,32% das vendas no Exterior.

A região Sul do Brasil, onde agora surgiu o foco de gripe aviária, lidera as exportações de carne de frango. Em 2024, o Paraná respondeu por 2,17 milhões de toneladas (42,1%) da produção nacional, seguido por Santa Catarina, com 1,17 milhão de toneladas (22,6%) e Rio Grande do Sul, com 692 mil toneladas (13,4%). Juntos, os três estados responderam por 78,2% das exportações nacionais.

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