Família se muda do Rio de Janeiro por causa da violência: ‘Meu pai foi assaltado e feito refém’
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Melhorar a qualidade de vida e fugir da violência urbana foram os motivos para que Lucas da Hora e sua família trocassem Rio de Janeiro por Florianópolis. O jovem, hoje com 27 anos, se mudou no início de 2020, pouco antes a pandemia.
A decisão veio após um trauma. “O motivo é que meu pai foi assaltado e feito de refém perto de onde a gente morava”, conta. “Morar aqui não dá mais.”
Segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio registrou o maior saldo migratório negativo do Brasil (- 165 mil). Ou seja: mais gente saiu do que entrou.
Hoje, ele trabalha no setor de Relações Humanas de uma empresa de desenvolvimento de softwares - Floripa é considerada capital nacional de startups. “Tem um polo de tecnologia que cresce muito. As oportunidades são boas”, afirma.
“O emprego que tenho hoje é ‘home office’ e moro perto da praia. Às vezes, quando tenho um tempinho, gosto de passear um pouco pela areia, algo que não conseguia no Rio de Janeiro, porque morava no subúrbio”.
Outra diferença que sente é a possibilidade de aproveitar mais a vida noturna. “Saio na rua de noite e ficar até de madrugada, e ainda volto para casa tranquilo, mesmo estando sozinho”, completa.
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