Arma que matou gari é de delegada mulher de empresário preso em BH; polícia investiga
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A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou na tarde desta sexta-feira, 15, que, de acordo com exames periciais, a arma de fogo utilizada no homicídio, ocorrido na última segunda-feira, 11, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, que vitimou o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, está registrada em nome da delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, mulher do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior.
“Trata-se de uma arma de fogo particular”, confirma, em nota, a Polícia Civil. A defesa do empresário nega o crime.
Informações repassadas à Polícia Civil indicam que o empresário suspeito pela morte do gari teria chegado à empresa onde trabalha em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 11 minutos após o crime ocorrido. A diferença de tempo muito curta entre o momento em que o gari foi alvejado durante a briga de trânsito, de acordo com o registro das câmeras de Olho Vivo da capital mineira, e os dados de registro da empresa onde Renê trabalhava surgiu como um desafio para a conclusão do inquérito da Polícia Civil.
O empresário suspeito de matar o gari teria entrado na empresa às 9h18 e o crime ocorreu às 9h07, sendo que o local do crime fica a cerca de 30 km da empresa onde ele trabalhava.
Diante dessas novas informações, a Justiça de Minas Gerais determinou a quebra de sigilo telefônico do empresário e solicitou que a montadora BYD e a telefonia Claro forneçam dados de rastreamento e rota do carro e celular de Renê para contribuir com as investigações da Polícia Civil e a elucidação detalhada do caso.
Renê disse que estava em trajeto para o trabalho no momento em que o gari morreu no bairro Vista Alegre. O empresário está em prisão preventiva em um presídio em Caeté e foi autuado por homicídio duplamente qualificado.
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