X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Brasil

Após live e intimação na UTI, CFM se manifesta sobre normas de segurança hospitalar

A entidade orientou que os casos de desrespeito sejam apurados pelos conselhos regionais, devido ao dano que podem causar


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Após live e intimação na UTI, CFM se manifesta sobre normas de segurança hospitalar
Após live com publicidade e notificação judicial na UTI durante a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entidades médicas se manifestaram |  Foto: Reprodução/X/@jairbolsonaro

Após live com publicidade e notificação judicial na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) durante a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entidades médicas se manifestaram sobre a gravidade da violação da rotina assistencial nesses locais.

Em nota distribuída nesta sexta-feira (25), o CFM (Conselho Federal de Medicina) afirmou que o acesso aos leitos de pacientes "em condição crítica, sem condição de alta" é regulado por normas técnicas e assistenciais que devem ser "seguidas em todos os estabelecimentos de assistência médica do país".

O conselho destacou ainda que as regras devem ser "aplicadas indistintamente a quaisquer pessoas sob qualquer pretexto, inclusive equipes de jornalismo e agentes públicos em cumprimento de determinação judicial". O descumprimento, segundo a entidade, pode afetar a integridade do ambiente terapêutico, colocando a vida dos pacientes em estado grave em risco.

O CFM frisou que dentre os critérios obrigatórios para acesso à UTI estão a autorização prévia da equipe médica, agendamento da visita, horário e número de pessoas restritos por leito, observância de protocolos de segurança sanitária e uso adequado de EPIs (equipamentos de proteção individual).

A entidade orientou que os casos de desrespeito sejam apurados pelos conselhos regionais, devido ao dano que podem causar "à estabilidade clínica e à segurança física e emocional dos pacientes".

A Folha de S.Paulo entrou em contato por telefone com o Hospital DF Star para saber os horários de visita permitidos na UTI e foi informada de que não havia necessidade de agendamento, pois as visitas ocorriam 24 horas por dia, com limite de 15 visitantes por leito.

A assessoria de imprensa não respondeu ao contato do jornal, mas emitiu na noite de quinta-feira (24) uma nota da equipe médica suspendendo as visitas a Bolsonaro, devido ao agravamento do quadro do ex-presidente, que segue "sem previsão de alta".

O comunicado médico afirmou que Bolsonaro apresentou "piora clínica, elevação da pressão arterial e piora dos exames laboratoriais hepáticos".

Quais as regras da UTI?

Segundo o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), "cada hospital tem seus protocolos assistenciais, que devem priorizar a segurança, o controle de infecções, a estabilidade clínica dos pacientes e o bom funcionamento da equipe multiprofissional".

As recomendações, porém, são de que haja restrição de horários de visita, com períodos predeterminados; que se limite o número de visitantes simultâneos por paciente, e que o acesso seja condicionado ao uso de EPIs, à ausência de sintomas infecciosos nos visitantes, entre outros critérios.

A Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) também confirmou que as regras de acesso aos visitantes devem levar em conta a estrutura da instituição hospitalar e a condição do paciente.

A RDC nº 7/2010 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza "normas internas de visitação baseadas na realidade estrutural e assistencial da unidade." O CFM também aponta como base as regulamentações dadas pela Portaria nº 2.862/2023 do Ministério da Saúde e a Resolução nº 2.271/2023 do CFM por seus "critérios técnico-científicos indispensáveis à proteção da vida, à segurança clínica de pacientes gravemente enfermos e à integridade do ambiente terapêutico."

No Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, por exemplo, que atende exclusivamente servidores estaduais e seus beneficiários, é liberada a entrada alternada de, no máximo, dois visitantes por dia para cada paciente. No caso de menores de 18 anos, é autorizada a entrada de apenas uma criança acompanhada de um adulto, com permanência máxima de 30 minutos. Não é permitida a entrada de crianças nas áreas de UTIs, pronto-socorro, psiquiatria e espaços de isolamento de pacientes.

Direitos dos pacientes

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em seu artigo 12, garante o direito à presença de um acompanhante em tempo integral para crianças e adolescentes internados, não se restringindo ao horário de visita, mesmo em unidades de cuidados intensivos.

O mesmo benefício é concedido aos pacientes com 60 anos ou mais pelo Estatuto do Idoso

A Política Nacional de Humanização (PNH) recomenda aos hospitais e instituições médicas "ampliar o horário de visita e possibilitar a presença de acompanhantes sempre que possível, inclusive em UTI, respeitando a situação clínica do paciente", em um modelo de "visitas abertas" como uma diretriz de humanização.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: