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AT em Família

AT em Família

Colunista

Redação jornal A Tribuna

Tenho infecção urinária com frequência. Por quê?

| 01/10/2020, 09:31 h | Atualizado em 01/10/2020, 11:00

Imagem ilustrativa da imagem Tenho infecção urinária com frequência. Por quê?
|  Foto: Divulgação

A infecção urinária é uma doença comum que afeta principalmente as mulheres. Apesar de ser possível preveni-la com alguns hábitos simples, são frequentes os casos de repetição, ou seja, quando ocorrem episódios em um curto intervalo de tempo.

Segundo o Ministério da Saúde, as mulheres têm até 50 vezes mais chances de ter a doença do que os homens.

Em entrevista ao AT em Família, o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia no Espírito Santo, Rodrigo Tristão, explicou as causas da doença e como tratá-la.

O médico destacou ainda quem está mais suscetível a ter esse tipo de infecção, como prevenir e o risco do tratamento inadequado.

AT em Família – São comuns casos recorrentes de infecção urinária? Quais as possíveis explicações para isso?

Rodrigo Tristão – A infecção urinária recorrente é caracterizada pela presença de dois ou mais episódios da doença em seis meses ou três ou mais episódios ao ano após a cura da primeira infecção. Ocorre em aproximadamente 30% a 50% das mulheres que desenvolvem o quadro de cistite aguda.

Nos casos de infecção urinária recorrente devem ser avaliados os possíveis fatores predisponentes, sejam alterações comportamentais, funcionais ou anatômicas do trato urinário.

Vemos mais relatos de mulheres que sofrem com o problema. Elas realmente são mais afetadas?

As mulheres apresentam maior susceptibilidade de infecção urinária devido à questão anatômica. Elas apresentam uma uretra curta, medindo cerca de 4 cm, e com maior proximidade do ânus do que os homens.

Há outros grupos mais susceptíveis a terem a doença?

Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da infecção do trato urinário. Entre eles podemos destacar:

• Obstrução do trato urinário, que provoca estase urinária e propicia a proliferação bacteriana.

• Refluxo vesicoureteral, causa frequente da doença em crianças.

• Uso de dispositivos como fraldas e sonda vesical de demora.

• Menopausa, pois a diminuição do estrogênio altera a flora vaginal e a qualidade do tecido da vagina e da uretra, deixando a entrada das bactérias na região mais fácil e o ambiente mais propício para a colonização.

Além de gravidez, relações sexuais, imunossupressão e maus hábitos, como beber pouca água, não urinar quando sentir vontade e falta de cuidados com a higiene pessoal.

Como evitar a infecção urinária?

Existem várias dicas para prevenir a infecção urinária. Dentre elas podemos destacar ingerir quantia adequada de líquidos, de dois a três litros por dia; urinar após a relação sexual; não segurar a urina; corrigir alterações intestinais como, por exemplo, a constipação intestinal; e ter atenção às roupas íntimas, que, se forem muito apertadas, retêm calor e umidade e facilitam a proliferação bacteriana.

Em relação às mulheres, realizar higiene adequada da região vaginal, passando o papel higiênico da frente para trás, para não carregar bactérias do ânus para a vagina.

A doença pode ser transmitida na relação sexual?

O ato sexual pode predispor mulheres a ter infecção do trato urinário sim, uma vez que ele favorece a entrada de bactérias da própria paciente na uretra.

O uso de diafragma ou camisinhas que contenham espermicidas também aumenta o risco de infecção urinária após o sexo.

Isso ocorre porque as substâncias utilizadas como espermicidas podem alterar a flora bacteriana normal da vagina das mulheres, matando as bactérias “boas” e facilitando a colonização por bactérias que vêm do intestino.

Outra situação que aumenta muito o risco de infecção urinária após o sexo é a prática de sexo anal alternado com sexo vaginal. Quando há penetração anal e, em seguida, vaginal há uma migração imensa de bactérias do intestino para a vagina, o que obviamente facilita o surgimento da cistite.

Sintomas da doença

Em adultos, é comum dor e ardência ao urinar, dor na parte inferior do ventre, aumento da frequência urinária e urgência miccional. Quando atinge o rim é comum febre, dor lombar e queda do estado geral.

Nas crianças, pais devem estar atentos a febre sem causa aparente, perda de apetite, vômitos, dor abdominal ou lombar, diarreia ou constipação superior a 5 dias e irritabilidade.

Perguntas dos leitores!

Qual o risco de não buscar atendimento médico?

Zilma Follador, 49 anos, advogada

A infecção do trato urinário não complicada geralmente tem evolução satisfatória com tratamento ambulatorial. Com a progressão do quadro infeccioso, alguns casos necessitam de internação hospitalar e podem evoluir para um quadro de infecção generalizada com risco de morte do paciente.

Como é o tratamento?

Diana Souza, 23 anos, estudante

Varia muito de acordo com o tipo de infecção e sua gravidade. Geralmente é com antibióticos. O paciente é orientado a aumentar a ingestão de líquidos e podem ser prescritos analgésicos para alívio da dor e da ardência ao urinar.

Nenhum dos tratamentos caseiros quando feito isoladamente é eficiente. O ideal é sempre buscar atendimento médico.

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