Meu pet precisa de sangue. E agora?
O adoecimento de um pet já é por si só um momento de grande angústia. Quando o caso se agrava a ponto de o bichinho precisar de uma transfusão de sangue, surge uma nova preocupação: como conseguir o sangue?
Segundo especialistas, o número de doadores é muito menor do que o de pacientes que dependem da doação para sobreviver. Cirurgias, doenças infecciosas e acidentes são algumas situações que demandam transfusão. Muitas vezes, tutores disparam pedidos de ajuda para conhecidos e nas redes sociais.
Diagnosticada com Felv – conhecida como leucemia felina –, Libélula teve anemia aguda e precisou receber sangue. Ela ainda necessita de uma nova doação.
O primeiro socorro veio do Thor. A tutora, a estudante de Fisioterapia Sofia Von Eckhardt, 22, entende a importância de doar.
“Sou doadora de sangue e agora o Thor também é. Ele é tranquilo e ficou calmo no dia”, recorda. “Perder um bichinho é uma dor inimaginável, então se podemos fazer algo para ajudar, tentamos o possível.”
Em casos que o paciente consegue um doador, a coleta do sangue ocorre na própria clínica onde o pet está sendo tratado. A médica veterinária Tatiane Pirane explica que é feito um hemograma para checar a saúde do doador e um teste de compatibilidade.
“Não há risco para o doador, assim como em humanos. Muitas pessoas têm medo de submeter o pet à coleta do sangue, mas não faz mal algum”, defende Tatiane.
Há ainda a opção de recorrer a bancos de sangue. Em situações de emergência, a agilidade é imprescindível e buscar doadores entre conhecidos demanda tempo.
O veterinário da Hemocare, Eduardo Olivério Bosio, explica que o banco permite tempo hábil para testagem laboratorial de todos os doadores para garantir a qualidade e a segurança.
“O banco de sangue tem fundamental importância na separação do sangue total em hemocomponentes, como é feito em humanos. Assim, o paciente recebe apenas a parte do sangue que necessita, diminuindo significativamente as chances de reações”, esclarece ele.
SAIBA MAIS
Requisitos para doar
- Idade entre 1 e 7 anos
- Peso mínimo de 25 kg para cães e
- 4 kg para gatos
- Temperamento dócil
- Vacinas e vermífugos em dia
- Não apresentar doença
- Não ter feito cirurgia nos dois meses anteriores à doação
- Intervalos de três meses entre doações
- Contatar banco de sangue ou tutor de paciente que necessite da doação