Sorriso mais bonito sem traumas
Escute essa reportagem

Você sabia que o número de cirurgias faciais aumentou quase 20% na pandemia? Especialistas chamam esse fenômeno de efeito ZOOM. Tempos pandêmicos nos forçaram a interagir via videoconferência. O que não se esperava é que isso levasse as pessoas a uma análise mais detalhada dos “defeitos” faciais.
Uma das cirurgias que teve sua procura aumentada foi a cirurgia ortognática, que visa corrigir alguns problemas como exposição excessiva da gengiva ao sorrir, queixo muito proeminente ou muito pequeno, explica o cirurgião Renato Marano.
“Realizada pelo cirurgião bucomaxilofacial, é considerada um procedimento estético-funcional pois oferece melhoria tanto na função respiratória e da mastigação, quanto na estética facial”, relata.
Renato explica que esta cirurgia vem evoluindo bastante, visando o conforto do paciente. Entretanto, mesmo com toda a evolução, a agressividade da técnica convencional ainda espanta muitos pacientes que necessitam desta intervenção.
Além do temor do pós-operatório imediato, o longo período longe das atividades cotidianas é outro fator que inviabiliza a realização da cirurgia.
A boa notícia é que recentemente ela começou a ser realizada de maneira menos invasiva, sendo chamada de cirurgia ortognática minimamente invasiva.
“Trata-se do mesmo procedimento, visando os mesmos objetivos, entretanto com uma filosofia que busca simplificar os passos cirúrgicos, o que leva a uma recuperação mais rápida, menos desgastante e com menor risco de sequelas como as parestesias (dormências)”, diz Renato.
Na técnica convencional, o afastamento das atividades varia de 25 a 30 dias. Já na minimamente invasiva, o retorno pode ocorrer em cerca de 5 a 7 dias.
“Isso não quer dizer que esta técnica é superior a convencional quando comparadas em um longo prazo, até porque estamos falando de um procedimento que é ainda recente. Mas o que temos percebido é que ela tem conseguido simplificar o tratamento da cirurgia ortognática, oferecendo uma experiência de tratamento muito mais confortável e suave, com menos traumas físico e psico-emocional”, completa Renato.
Entenda
Cirurgia ortognática minimamente invasiva
- É indicada para corrigir discrepâncias ósseas na face, buscando a proporcionalidade através do reposicionamento dos ossos.
- A técnica minimamente invasiva busca obter resultados eficientes, semelhantes aos da cirurgia convencional, com menos cortes e agressões.
- Assim, a recuperação é bem mais ágil. Com uma semana, o paciente consegue retornar ao convívio social, embora ainda tenha limitações.
Comentários