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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

As perigosas mutações virais

| 04/08/2020, 08:00 08:00 h | Atualizado em 04/08/2020, 08:02

Buscando harmonizar-se como um todo, ignorando o egoísmo humano, a natureza se recicla. Equivocadamente, o Homo sapiens tenta mudá-la, em vez de se ajustar a ela. A natureza costuma ser lânguida, mas ocasionalmente demonstra talento para a violência.

Visando proteger seu espírito, o ser humano criou a religião. Objetivando proteger seu corpo, o ser humano criou a ciência, essa ferramenta revolucionária capaz de revelar cadeias de casualidade que desorganiza toda a ordem anterior. Mutações são exemplos desses acasos. Cânceres, por exemplo, resultam de mutações genéticas.

Durante longos anos a medicina vem se esforçando para compreender essas mortais alterações celulares. Os vírus, além de provocar mutações, também se originam delas.

Acredita-se que essas partículas de ácidos nucleicos começaram como células complexas e involuíram para organismos mais simples, tais como as rickettsia. Esses patógenos costumavam ser considerados como vírus.

Atualmente, ocupam a posição de intermediários entre vírus e bactérias.

Os vírus têm apenas uma função: se replicarem. Todavia, eles não conseguem fazer isso sozinho. Ao invadir células carregadas de energia, eles assumem o controle e as obrigam a produzir novos vírus.

O trabalho viral lembra a estrutura de um software. Da mesma maneira que uma sequência de bits em um código binário diz ao computador o que fazer, os genes virais, compostos pelos códigos quaternários: adenina, guanina, citosina, timina (ou uracila), ditam suas normas para as células.

Quando um vírus penetra na parede celular, ele obriga o mecanismo interno celular a produzir aquilo que seus genes exigem, no lugar daquilo que ela precisa para suas organelas. Nesse momento, quase sempre a hospedeira morre, enquanto novas partículas virais saem para invadir outras células.

Durante essa batalha, o sistema imunológico viaja pelo corpo inteiro, tentando distinguir o que pertence e o que não faz parte dele. Qualquer coisa que carregue um sinal familiar é deixada em paz. Em alguns casos, como nas denominadas doenças autoimunes, o defensor vira atacante de si mesmo.

O ser humano faz parte da natureza, sendo um convidado a mais a participar da imensa comunidade existencial. Tomando parte da evolução, ele possui uma inteligência singular. Mas isso não lhe dá o direito de se julgar dono da realidade.

Acreditando ser o protagonista principal da evolução, o ser humano pensa que todas as coisas estão a sua disposição para dominá-las e poder usá-las como bem lhe aprouver.

Mutações ocorrem de forma aleatória. Elas não surgem para suprir necessidades do organismo ou para prejudicá-lo de alguma forma. Por ocorrerem ao acaso, as mutações geram diferentes respostas, afetando de forma positiva, negativa ou não causando nenhuma mudança.

Seja através da vacina, do isolamento ou da assepsia, vírus respeitam a prevenção.
Após um “vírus” penetrar no “DNA” de um computador, o “antivírus” mostra-se ineficaz.
 

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