Pais fazem abaixo-assinado e pedem escola militar em Vitória
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Atraídos por uma ideia de educação rígida em um espaço mais seguro, pais de crianças e adolescentes pedem a implantação de uma escola cívico-militar em Vitória.
O grupo fez um abaixo-assinado para a criação do modelo e vai protocolar o documento na prefeitura e na câmara municipal no início do ano que vem.
O grupo conta com cerca de 70 famílias e até o momento coletou 170 assinaturas. O policial militar Victor Raphael dos Santos Costa é um dos líderes do grupo e conta que percebeu a necessidade deste tipo de modelo após 10 anos trabalhando na patrulha escolar.
“É uma política possível para a melhoria da educação. Com a violência dentro das escolas se multiplicando, é necessário pensar em estratégias, e a escola cívico-militar contribui com a difusão do respeito às autoridades e da disciplina”, afirmou o militar.
No modelo cívico-militar, os professores das disciplinas tradicionais, como Português e Matemática, são civis, mas a escola tem equipes e conteúdos focados na disciplina mais rígida. Os uniformes dos alunos também são semelhantes às fardas utilizadas pela Polícia Militar.

Pais da pequena Rebeca, de 3 anos, Débora Marcela Pinha, 29, e Charles Messias de Oliveira, 37, querem ter essa opção para a filha . “Quero que ela tenha uma escola com mais disciplina, onde o aluno e o professor se respeitem”, disse Charles.
A mãe espera pelo mesmo, mas também reforça a importância de atividades extras. “Para que ela consiga explorar seus talentos e futuramente direcionar os seus interesses, coisas que posso ter em escolas tradicionais, porém quero mais variedade”, disse.
Já o policial militar Tiago Reis Nogueira, 36, acredita que a escola trará mais condições de aprendizado. É o que ele deseja para suas filhas: são três em idade escolar.
“Em bairros onde há violência, geralmente o tráfico de drogas já adentrou às escolas, e o modelo atual não tem oferecido mínimas condições para estudar. O modelo cívico-militar vai garantir um ambiente seguro”, disse.
A implantação do modelo chegou a ser defendido pelo prefeito eleito de Vitória, Lorenzo Pazolini. A reportagem tentou contato com ele, mas não teve retorno até o final da tarde desta terça-feira (15).
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