Empresários do setor gesseiro de Pernambuco presos por sonegação de R$ 18 milhões
Segundo a polícia, acusados criavam empresas falsas em nome de laranjas para executarem esquema de sonegação
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Com informações da repórter Luciana Queiroz, da TV Tribuna
Com a ajuda da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, que forneceu dados para a investigação, a polícia civil prendeu sete pessoas ligadas ao polo gesseiro do Araripe, no Sertão de Pernambuco, por sonegação fiscal. Entre os presos estão dois contadores e três empresários. O valor sonegado, segundo a secretaria estadual da Fazenda, chega a R$ 18 milhões em impostos estaduais. O esquema utilizava empresas de fachada e notas fiscais falsas.
A ação policial, chamada de Operação Malta, aconteceu no dia 15 último passado. A polícia forneceu os detalhes sobre a investigação nesta terça-feira (22) mas os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, com apreensão de bens, incluindo carros de luxo, e bloqueio judicial de R$ 6,3 milhões.
RECUPERAÇÃO DO PREJUÍZO
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Araripina, Trindade, Ouricuri e Marcolandia, no Piauí. De acordo com a polícia, juntas, as empresas movimentaram R$ 140 milhões, num período de dois anos. Em entrevista a repórter Luciana Queiroz, da TV Tribuna o diretor de operações estratégicas de Secretaria da Fazenda, Antonio Emery, diz que o dinheiro sonegado deixou de ser investido no próprio Sertão do Araripe em benefício da população.
"Esse dinheiro [da sonegação]seria utilizado na educação, para pagar o funcionalismo público, construir estradas...com essa sonegação a gente perdeu, mas vamos correr atrás desses valores nas grandes empresas, porque conseguimos criar um elo entre elas e as empresas-laranjas que foram criadas apenas para a sonegação", afirmou Emery.
O polo gesseiro de Pernambuco é responsável por 97% da produção de gipsita (matéria prima do gesso) do Brasil, e reúne cerca de 500 empresas.
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