Linha Centro do Metrô de Recife, que atende a 120 mil usuários, volta a funcionar
Somente em junho, o metrô Recife quebrou 3 vezes, um descaso com os usuários do transporte
Escute essa reportagem

Depois de mais um dia de transtorno, perda de compromissos pessoais e atrasos no trabalho, passageiros da Linha Centro do Metrô do Recife finalmente podem voltar a usar o serviço após quase 24 horas de paralisação.
A linha foi reaberta às 15h45 desta sexta-feira (21), após a resolução de um problema na rede aérea que afetou a energia de tração dos trens.
Somente neste mês de junho de 2024, o metrô já quebrou três vezes. Neste ano, foram 10 paralisações. A linha Sul beneficia 60 mil usuários por dia. Já a Centro atende a 120 mil passageiros diariamente. O Metrô Recife passa pelos municípios de Recife, Jaboatão e Camaragibe.
Falha afetou trecho entre Barro e Coqueiral
O problema, que ocorreu por volta das 16h20 de quinta-feira (20), atingiu um trecho entre as estações Barro e Coqueiral, incluindo a área próxima à estação Rodoviária. Houve queda de energia, seguida de explosão e passegeiros tiveram que caminhar sob os trilhos.
Equipes de manutenção da CBTU trabalharam durante toda a noite para solucionar a falha, o que possibilitou a retomada gradual da operação.
Linha Sul e VLT não foram afetados
É importante destacar que a Linha Sul do Metrô não foi afetada pela falha e operou normalmente durante todo o período. O VLT, sistema de metrô leve que liga o Recife à Jaboatão dos Guararapes, também funcionou sem interrupções.
A CBTU se pronunciou oficialmente sobre o problema, mas não houve pedido de desculpas aos usuários pelos transtornos causados.
O Tribuna Online procurou o Ministério das Cidades no início da semana para falar sobre os problemas que têm afetado os passageiros e a pasta praticamente lavou as mãos.
Disse que não há solução prevista a curto ou médio prazo. Segundo o ministério, somente em 2025, após estudo contratado com o BNDES, poderá tomar alguma decisão sobre o metrô Recife.
No estado e na capital, não tem se observado movimentação de qualquer liderança política para tratar debater este drama. É a invisibilidade da dor de cerca de 180 mil passeiros, além dos próprios profissionais do metrô.
Comentários