Receita investiga 1.168 contribuintes do ES por falsas despesas de saúde no IR
Essas falsas despesas médicas resultaram em mais de R$ 7 milhões em deduções no Imposto de Renda no Espírito Santo
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Mais de 1.100 contribuintes estão na mira da Receita Federal no Espírito Santo por suspeita de terem declarado despesas fictícias no Imposto de Renda. Esses serviços que teriam sido inventados ultrapassariam R$ 7 milhões e são investigados pela operação Patógeno, iniciada pelo órgão na manhã desta quinta-feira (04), em todo o País.
De acordo com a Receita Federal, a operação investiga 35.230 declarantes. que teriam fraudado o imposto de renda com falsas despesas médicas com o objetivo de reduzir o valor devido pelo tributo.
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As investigações apontaram que, entre 2018 e 2022, foram declarados mais de R$ 350 milhões em despesas médicas fictícias por esses contribuintes. A Receita também identificou a participação de 472 profissionais liberais na fraude.
No Espírito Santo, 1.168 contribuintes estão na mira do Leão, como é apelidada a declaração do Imposto de Renda no Brasil. Essas pessoas fizeram 1.888 declarações que estão sob suspeita de fraude. O valor deduzido pelas falsas despesas médicas criadas é de R$ 7.804.652,00. A Receita Federal investiga 16 profissionais liberais no Estado.
Os declarantes e profissionais da saúde investigados serão intimados pela Receita para comprovar o pagamento e a prestação dos serviços. No entanto, o órgão informa que, antes de receber a notificação, os contribuintes podem se autorregularizar apresentando declarações retificadoras ao Leão.
Caso não retifiquem as declarações e não comprovem os pagamentos e os serviços prestados, os contribuintes podem pagar multa - com direito a juros - além de estarem sujeitos a sanções penais e administrativas.
Fisioterapeuta recebeu R$ 4 milhões de sete estados
Em um dos casos citados pela Receita Federal, um fisioterapeuta do Mato Grosso declarou, em 2021, ter recebido R$ 4,4 milhões de clientes espalhados em sete estados diferentes do Brasil.
Contudo, os cálculos da Receita mostram que, para receber esse montante, o profissional teria que ter trabalhado 24 horas por dia, durante todos os 365 dias do ano e cobrado, em média, R$ 502 por hora de cada paciente.
Outra situação citada pelo órgão é de um odontólogo com domicílio fiscal no Rio de Janeiro, que declarou ter recebido entre 2018 e 2022 cerca de R$ 5,5 milhões de clientes nos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio de Janeiro e Roraima.
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