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Polícia

Capixabas são condenados a 37 anos de prisão por morte de mulher nos EUA

Ana Paula Feitosa, de 24 anos, foi morta asfixiada e teve o copo jogado em um container de lixo


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Imagem ilustrativa da imagem Capixabas são condenados a 37 anos de prisão por morte de mulher nos EUA
Ana Paula Feitosa foi morta asfixiada |  Foto: Redes sociais

A Justiça condenou os capixabas Thiago Philipe Souza Bragança e Wenderson Junior da Silva a mais de 37 anos de prisão pelo assassinato de  Ana Paula Feitosa, de 24 anos, ocorrido em janeiro de 2020, em Los Angeles, nos Estados Unidos. A sentença foi lida na madrugada desta sexta-feira (11), após cerca de 17 horas de julgamento no Fórum Criminal de Vitória. 

Ana Paula era natural de Minas Gerais e trabalhava como motorista de aplicativo nos Estados Unidos. Ela foi morta asfixiada no dia 30 de janeiro de 2020, na casa onde ela morava. Os dois capixabas confessaram o crime e revelaram que jogaram o corpo da vítima em um container de lixo na cidade de Hot Spring, na Califórnia. Após matar Ana Paula, os dois condenados fugiram e retornaram ao Brasil, mas foi presos em Cariacica, em fevereiro do mesmo ano. 

Thiago teve uma condenação total de 37 anos e 3 meses, enquanto que a pena de Wenderson será de 37 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão.

Os dois foram condenados pelos crimes de homicídio com três qualificadoras (por motivo fútil, emprego de meio cruel, praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima); por ocultação de cadáver; e furto do carro, celular e dinheiro da vítima, com duas qualificadoras (abuso de confiança e concurso de pessoas).

A mãe da vítima, Delma Félix Feitosa, acompanhou todo o julgamento dos acusados de matar a filha, Ana Paula Feitosa dos Santos Braga. Ela elogiou o trabalho dos promotores de Justiça do Júri do MPES, dizendo que o desejo dela era para que os criminosos fossem condenados há muitos anos de cadeia.

“O que eles fizeram foi muito cruel. Eu só tinha essa filha. Ela não era usuária de drogas como eles falaram. Ela tinha três empregos e trabalhava em todos os três. Era uma filha muito amorosa e deixou um filho de dois anos e também me deixou. Eu só tinha ela”, lamentou.

O julgamento começou às 9h10 de quinta-feira (10) e foi encerrado às 2h42 de sexta-feira (11), quando a sentença, com 20 páginas, foi lida.

Policiais americanos participam de júri

O assassinato foi investigado pela Polícia de Los Angeles (LADP), que apontou que os capixabas mataram a jovem estrangulada com um cinto e com um fio de energia. Depois, enrolaram o corpo em um colchonete e colocaram no porta-malas do carro da vítima. Dois policiais americanos participaram do júri como testemunhas.

A investigação também contou com a participação da Polícia Federal brasileira e das polícias Civil e Militar do Espírito Santo. 

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) destaca que o caso é inédito no Brasil por ser tratar de um crime ocorrido em outro país, mas que teve julgamento no Brasil. 

Os promotores de Justiça Bruno de Oliveira e Leonardo Augusto de Andrade Cezar dos Santos avaliaram como positivo o resultado do julgamento. Mas alertaram para o fato de que, se o caso fosse julgado nos Estados Unidos, a pena seria muito mais rigorosa, diante da legislação brasileira que é mais branda.

“Se eles fossem julgados nos Estados Unidos, por um homicídio qualificado, conforme os próprios policiais americanos disseram no júri, a pena mínima seria de 25 anos de reclusão. Sendo que esses 24 anos seriam todos em regime fechado. E a condenação poderia chegar a uma prisão perpétua, diante da barbárie cometida pelos dois criminosos”, alertou Leonardo Augusto de Andrade.

Após a condenação, o MPES interpôs recurso de apelação, para que a pena por furto dos criminosos seja majorada. “Vamos buscar aumentar essa pena pelo furto do veículo, dinheiro, celular e cartão de crédito da vítima. Foi um crime brutal, praticado com frieza, e essa tentativa de fuga e a busca por impunidade detectada dentro dos documentos que tínhamos, como na extração do celular, foi muito importante para justificar essa pena nesse patamar e buscarmos aumentar a pena imposta”, avaliou Bruno de Oliveira.

Fuga para o Brasil 

Ana Paula foi assassinada e teve o corpo jogado em um container de lixo na cidade de Hot Spring, na Califórnia.

Após o crime, os capixabas seguiram até a cidade de Oklahoma, e abandonaram o veículo no estacionamento de um cassino. De lá, seguiram de ônibus até Houston, Texas e, novamente de ônibus, cruzaram a fronteira até o México.

No entanto, foram presos em Cariacica no dia 22 de fevereiro de 2020.

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