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Cidades

Adolescentes em casa: sinais de alerta podem confundir os pais

Mudanças abruptas de comportamento e postagens negativas são exemplos do que os pais podem observar


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Uma das características marcantes dos adolescentes que fazem parte da “geração do quarto” é a dificuldade de conversar e dizer o que sentem, mas eles fazem isso nas redes sociais, onde passam boa parte do dia. O desempenho ruim na escola, que geralmente é um sinal associado a problemas, não é uma característica desses jovens. 

Levando em conta os sinais da adolescência do senso comum e os sinais de alerta para depressão e ansiedade, são características que podem confundir os pais.

“Em geral, estamos acostumados a associar sofrimento psíquico com tristeza, mas isso é um equívoco. Nos adolescentes o sofrimento pode se manifestar por meio de comportamentos agressivos, impaciência, isolamento, entre outros.  A presença de alguns destes sinais geralmente se expressa associada”, esclarece o psicólogo Alexandre Brito.

Pesquisador da “geração do quarto”, o professor Hugo Monteiro Ferreira explica que esse jovem não, necessariamente, apresenta problemas escolares, o que necessita de uma aproximação ainda maior para perceber esses sinais.

“A maior  preocupação dos pais, em geral, está voltada para o desempenho escolar do filho. Mas muitas vezes não há esse problema, então os pais  só percebem quando o filho começa a se cortar. Geralmente eles são pegos de surpresa, mas a autolesão é  a ponta do  iceberg”.

Os pais não devem normalizar mudanças de comportamento porque os filhos estão na adolescência. É o que defende a  psicóloga Lana Francischetto.

“Acredito que um dos principais erros dos pais é considerar sempre natural ou não intervir. É preciso oferecer uma escuta ativa e empática com seus filhos. Mostrar para o filho que  ele tem um espaço dentro de casa  para conversar e pedir ajuda. Nem tudo é fase. Por isso estar presente pode ser o ponto-chave”. 

Outro fato que deve ser observado é o comportamento de agressividade, em excesso,  segundo o psicólogo Rodrigo Leal. 

“Mesmo com o estigma de que adolescentes sejam ‘revoltados’, não é comum a agressividade em excesso. Essa chamada ‘revolta’ socialmente aceita está ligada à tentativa de se descobrir no mundo. Porém, tudo em excesso, seja a felicidade, a  tristeza ou o isolamento, pode indicar sofrimento mental”. 

Ter filho trancado no quarto não é um bom sinal, conclui o terapeuta de família e psicopedagogo Cláudio Miranda. “Não permita que seu filho se isole, sob pena de perdê-lo. Comece a agir ao primeiro sinal de reclusão. Se não souber como agir, busque ajuda”.

Sinais de alerta

- Mudanças abruptas de comportamento

Instabilidade emocional constante, com  tendência a choro fácil, agressividade, apatia e desânimo sem motivos aparentes podem ser sinais de sofrimento psicológico. 

- Dificuldades no sono

Tanto dificuldades para dormir à noite quanto para se manter acordado durante o dia podem ser sinais de alerta para os pais.  A noite é uma grande aliada do sofrimento, principalmente quando se está no quarto sozinho e na cama. 

- Transtornos alimentares

Dificuldade em se alimentar, como também a falta de apetite é outro indicador de que psicologicamente algo não vai bem. Perdas e ganhos de peso  também merecem atenção.

- Postagens negativas 

Essa é uma geração que utiliza em excesso o recurso das mídias sociais, então perceber mudança nas postagens com tendência a conteúdos mais negativos é um alerta. Humor depressivo, tristeza, infelicidade, culpa, sentindo-se pesado, são sentimentos que merecem atenção.

- Autolesão

Na maioria das vezes, os cortes não têm intenção suicida, e sim intenção de aliviar sintomas de ansiedade, angústia e tristeza.

- Atenção 

Nem sempre o rendimento escolar ruim será um sintoma na “geração do quarto”. Nem sempre todos esses sintomas estão presentes,  mas a qualquer desconfiança, os pais devem buscar ajuda profissional.

Fonte: Especialistas consultados.

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