Ataques de escorpião, cobra e aranha levam 4 mil ao hospital
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Com o clima quente e a proximidade do verão, a reprodução de animais peçonhentos, como escorpião, abelha, cobra e aranha, aumenta. Com isso, cresce também o risco de acidentes com esses animais, que atacam quando se sentem ameaçados.
No Estado, de janeiro a agosto, 4.363 pessoas foram até algum serviço de saúde por picadas de animais peçonhentos, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Houve aumento de 10,09% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 3.963 casos.
Os acidentes com escorpiões correspondem a 71,67% dos casos neste ano. Segundo o médico do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), Nixon Souza Sesse, os casos são questão de saúde pública, principalmente nas regiões quentes do Estado.

Para lidar com a situação, a Sesa está realizando um treinamento para prevenir acidentes.
“A questão de os acidentes por escorpiões terem aumentado não é exclusiva do Espírito Santo. Tem acontecido no Brasil todo. É porque o escorpião amarelo (mais comum) é extremamente adaptado às áreas urbanas”, explicou Nixon Sesse.
Médico, professor da Ufes e doutor em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz, Aloísio Falqueto disse que aranhas e escorpiões podem aparecer em áreas rurais e urbanas. Já as cobras costumam surgir mais em sítios e regiões próximas à mata.
Aranhas e escorpiões costumam ficar em quintais, próximos a materiais empilhados, telhas e tábuas, que servem de esconderijo, ou até mesmo dentro de casa, atrás de guarda-roupa, cômoda e outros móveis.
As espécies mais comuns desses dois animais no Espírito Santo são o escorpião marrom e o amarelo, e a aranha marrom e a armadeira. Já a cobra é a jararaca.
O professor de Ecologia da Universidade Vila Velha (UVV) e especialista em artrópodes Marcelo da Silva Moretti explicou que o escorpião e a aranha têm hábitos noturnos e, nas matas, costumam viver embaixo de troncos e folhas.
SAIBA MAIS
Picadas de escorpiões, aranhas e cobras
Sintomas
- Dor intensa no local da picada.
- Vermelhidão. Com o tempo, o local da picada vai escurecendo porque ocorre a necrose da pele.
- Náuseas, vômito e suor excessivo.
- Aumento de batimentos cardíacos.
O que fazer
- Procurar atendimento médico imediatamente. Geralmente, o tratamento é feito à base de soro, para neutralizar o veneno do animal.
- Se possível, e caso isso não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão e mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao hospital.
Principais cuidados
- Em casas com quintais perto de matas, terrenos baldios e outras vegetações, não deixar o sapato do lado de fora. Aranhas e escorpiões podem se esconder dentro deles.
- Evitar deixar bolsas abertas, para os animais não entrarem.
- Não deixar materiais, como telhas e tábuas, empilhados.
- observar bem onde toca e pisa, para evitar esbarrar nesses animais. Eles atacam quando se sentem ameaçados.
Fonte: Especialistas e pesquisa AT.
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