Tira-dúvidas com especialistas sobre subvariante da ômicron
Especialistas explicaram cenário da doença após confirmação do primeiro caso da nova subvariante no Estado
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Desde o início da pandemia da covid-19, o coronavírus já sofreu diversas mutações e novas variantes e subvariantes do vírus têm circulado pelo mundo. Uma das mais recentes é a BQ.1, uma sublinhagem da variante ômicron.
No Estado, um caso da nova subvariante já foi confirmado. E muitas dúvidas começaram a surgir com a confirmação. Para esclarecer sobre a BQ.1, a reportagem ouviu especialistas.

Uma das dúvidas é a diferença da nova subvariante para as outras que já circulam. A infectologista Rubia Miossi explica que, basicamente, parece que essa nova variante é mais transmissível.
“Isso é uma característica importante. Porque se, de fato, for comprovado, ela consegue contaminar mais facilmente que as outras e aí o vírus tem uma velocidade de propagação maior, mais pessoas adoecem ao mesmo tempo”.
E as vacinas existentes, será que protegem? “Não é uma coisa fácil de se afirmar”, frisa Rubia.
“Primeiro porque foram desenvolvidas antes da nova variante. Em segundo lugar os fabricantes de vacinas neste momento estão testando essa resposta. Em terceiro, precisamos admitir que as vacinas têm uma resposta ótima que dura em torno de quatro meses. Então, quem tomou há mais tempo a última dose (de reforço, por exemplo) pode estar mais exposto do que quem tomou recentemente”, completa.

Para quem está em dúvida se deve ou não voltar a usar a máscara, a pneumologista Jessica Polese afirma que se a pessoa está com sintoma respiratório, deve usar a máscara. “A população de risco deve ter mais cuidado, assim como os idosos. Em lugar fechado e se é paciente de risco, deve usar a máscara e evitar o contato”.

A infectologista Rebecca Saad, coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, destaca a importância de a população fazer o teste para confirmar uma possível infecção.
“Sempre estimulamos a confirmação por exame laboratorial, mesmo para pacientes com sintomas leves e sem fatores de risco. Com o aumento no número de casos leves, as pessoas com risco de desenvolver um quadro grave ficam mais expostas”, explica.
FIQUE POR DENTRO
Paciente infectado deve ser isolado
Coronavírus
Desde o início da pandemia da covid-19, o coronavírus continua a evoluir, dando origem a muitas variantes e subvariantes. Uma das mais recentes é a BQ.1, uma sublinhagem de BA.5, da ômicron.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza o monitoramento contínuo das diferentes linhagens, aponta que a cepa já foi detectada em 65 países, incluindo o Brasil.
Subvariante no Estado
Na última segunda-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro caso da subvariante da ômicron no Estado.
Qual a diferença da nova variante?
Especialistas acreditam que essa nova variante possa ser mais transmissível que as outras. Se for comprovado, a BQ.1 consegue contaminar mais facilmente que as outras, fazendo com que o vírus tenha uma velocidade de propagação maior.
Precisa voltar a usar máscara?
Quem está sintomático ou confirmado com covid tem de usar a máscara enquanto tiver sintomas para não transmitir para outras pessoas. Quem for idoso, com mais de 75 anos, ou tem a imunidade baixa, é recomendável que utilize a máscara para se proteger quando estiver em contato com muitas pessoas.
A infectologista Rubia Miossi acredita que é possível que a população volte a usar máscaras se a quantidade de infectados aumentar muito ou a velocidade de transmissão também.
As vacinas existentes protegem contra a BQ.1?
Essas novas cepas acabam “escapando” um pouco das vacinas já existentes, já que foram desenvolvidas antes da nova variante. Ainda assim os fabricantes estão avaliando as respostas das vacinas para a BQ.1.
Preciso tomar o reforço mesmo sendo uma nova cepa?
Sim. Não é porque é uma nova cepa, segundo a pneumologista Jessica Polese, que as outras deixaram de existir. O sistema imune tem a tendência de cair os anticorpos, por isso a importância do reforço para potencializar essa proteção.
A infectologista Rebecca Saad destaca que quanto maior for a barreira imunológica encontrada pelo vírus, mais dificilmente ele se disseminará em uma população.
Quais os sintomas da nova variante?
Os sintomas continuam sendo os mesmos: tosse, coriza, nariz entupido, espirros, dor de garganta e dor no corpo (muscular ou nas juntas). Esses sintomas nem sempre estão todos presentes ao mesmo tempo.
Preciso fazer teste?
A testagem de pacientes com sintomas respiratórios deve ser feita em todos os casos. Dessa maneira é possível isolar os pacientes infectados.
Fonte: Médicos consultados e pesquisa AT.
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