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Política

Câmara de Vitória: Independência de Poderes é promessa de Goggi

Favorito para presidir a Casa, vereador admitiu alinhamento com o prefeito, mas garantiu isenção na relação entre Legislativo e Executivo


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Imagem ilustrativa da imagem Câmara de Vitória: Independência de Poderes é promessa de Goggi
Goggi confirmou que pôs nome à disposição, disse ter a maioria e revelou que busca unanimidade entre vereadores |  Foto: Reprodução/ Instagram

Pela primeira vez desde que surgiu como provável nome a ser escolhido como próximo presidente da Câmara de Vitória, o vereador Anderson Goggi (PP) admite: colocou o nome à disposição, tem maioria e busca unanimidade dos vereadores.

Goggi ressaltou que quis falar publicamente sobre o assunto somente após a diplomação, que aconteceu na última terça-feira. Acima de tudo, faz questão de ressaltar que vai garantir a independência da Câmara e também dos vereadores de oposição a administração de Lorenzo Pazolini (Republicanos).

“Temos alinhamento de primeira hora com Pazolini, porém essa ligação não vai impedir que sejamos independentes, já que somos poderes diferentes, mas harmônicos. Não vamos tirar o protagonismo dos mandatos, respeitarei todos”, disse o progressista.

A fala vem depois de o nome dele “balançar”. Após ter tentado aprovar mudanças no Regimento Interno — alterações encaradas pela oposição como forma de diminuir a independência dos vereadores —, um grupo com cinco vereadores foi formado, que desejaram se opor à candidatura de Goggi.

No entanto, o ex-deputado Erick Musso (Rep), braço direito de Pazolini, entrou no jogo e conseguiu aparar as arestas. Depois de também terem conversado com Goggi, o grupo se dissolveu e, agora, o progressista tem 16 nomes, a maioria para ser eleito.

“Houve algumas falhas de comunicação nesse processo. A tentativa de aprovar reeleição foi uma conversa entre as procuradorias da Prefeitura e Câmara. Liguei para pedir voto, mas jamais ia tratar sobre o assunto agora”, explicou Goggi.

O objetivo dele é conversar com os cinco nomes que restam, no chamado “bloco independente”, para ter a unanimidade. São os vereadores Pedro Trés (PSB), Bruno Malias (PSB), Jocelino (PT), Karla Coser (PT), e Ana Paula (Psol).

“Estou buscando diálogo de forma humilde. Mesmo se eles não aderirem, serei presidente de todos, e vou respeitá-los. Nosso foco será construir ponte entre o Legislativo e Executivo, nossa cidade precisa dialogar. Temos questões polêmicas, como a Reforma Tributária, que vai impactar a gente. Seremos um instrumento para a sociedade, uma ligação entre prefeitura e governo do Estado”.

Câmara pode mudar de lugar

A curto prazo, outro objetivo de Anderson Goggi (PP), que tem hoje maioria para ser eleito presidente da Câmara, será reformar a sede do Poder Legislativo já em janeiro. Um dos motivos é justamente porque a partir de 2025 a Casa saltará de 15 para 21 vereadores. No longo prazo, existe também intenção de mudar a Câmara de local.

“Entendemos que a partir de janeiro precisamos fazer reformas para acomodar melhor os novos vereadores e servidores. Temos espaço físico para isso, podemos apostar em divisórias também”.

Imagem ilustrativa da imagem Câmara de Vitória: Independência de Poderes é promessa de Goggi
Câmara de Vitória: reforma |  Foto: Beto Morais / AT - 21/02/18

Goggi deixou claro que a longo prazo é importante ter um projeto que leve a sede da Casa para o centro de Vitória. “Muito se fala em revitalização do Centro de Vitória. No passado, tínhamos Judiciário lá, Assembleia Legislativa, repartições da prefeitura. Depois, os órgãos foram levados para outras áreas. Depois de ouvir a opinião pública, podemos levar a Câmara para o Centro”.

E complementou: “Temos um local hoje, perto da 1ª Igreja Batista, em que poderíamos construir, enquanto nossa sede atual poderia ser utilizada pela prefeitura. É um projeto que precisamos estudar, mas existe possibilidade”.

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