Seis pessoas da mesma família são presas por fabricar armas de fogo no ES

Estima-se que os investigados tenham produzido e comercializado aproximadamente 200 armas de fogo

Redação do Tribuna Online | 26/04/2024, 11:40 11:40 h | Atualizado em 26/04/2024, 15:11

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Seis-pessoas-da-mesma-familia-sao-presas-por-fabri0017828600202404261140/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FSeis-pessoas-da-mesma-familia-sao-presas-por-fabri0017828600202404261140.jpg%3Fxid%3D791071&xid=791071 600w, Na linha de cima, da esquerda para a direita: Wilrison Manske, Edilson Manske e Bruno Vingler de Sena vulgo “Jhon Caseiras”; Na linha debaixo, da esquerda para direita: Tiago Manske, Hellen Luise Santos Silva e Ariane Vingler Gonçalves

Seis pessoas de uma mesma família foram presas por fabricar, negociar e distribuir armas de fogo caseiras na Grande Vitória durante a operação 'Legado Armeria', realizada pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme).

Na terça-feira (25), a segunda fase da operação foi encerrada com a prisão de cinco pessoas: Edilson Manske, o pai, um dos filhos dele, Tiago Manske; a nora de Edilson, Ariane Vingler, Bruno Vingler de Sena vulgo “Jhon Caseiras”, irmão de Ariane, e a esposa dele, Hellen Luise Santos Silva.

O outro filho de Edilson, Wilrison Manske, foi preso em dezembro, na primeira fase da operação, que desarticulou a fábrica clandestina de armas da família, em Cariacica. Ele é marido de Ariane.

Estima-se que os investigados tenham produzido e comercializado aproximadamente 200 armas de fogo. Elas eram feitas por encomenda e personalizadas de acordo com o pedido do comprador, e vendidas por aproximadamente R$ 2,5 mil. A polícia acredita que o grupo teve um faturamento de meio milhão de reais em 2023.

Cada membro da família tinha uma responsabilidade na organização criminosa: Edilson e Wilrison fabricavam as armas; Bruno, conhecido pelos compradores como “Jhon Caseiras”, fazia as negociações por meio de aplicativos de mensagens; Tiago e Helen faziam as entregas; e Ariane era responsável pelo financeiro.

De acordo com a polícia, o fato do grupo ser uma família dificultou a investigação. A maioria deles, exceto Bruno, não tinha passagens pelo sistema criminal e, para disfarçar a atividade criminosa, usavam outros filhos para realizar entregas, chegando a utilizar uma bolsa de criança para a ação.

Agora presos preventivamente, os investigados podem responder pelos seguintes crimes:

Wilrison Manske - porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo e associação criminosa

Edilson Manske - porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo e associação criminosa

Bruno Vingler de Sena vulgo “Jhon Caseiras” - comércio ilegal de arma de fogo, receptação e associação criminosa

Tiago Manske - comercio ilegal de arma de fogo e associação criminosa

Hellen Luise Santos Silva - comércio ilegal de arma de fogo, receptação e associação criminosa

Ariane Vingler Gonçalves - comércio ilegal de arma de fogo e associação criminosa

A prisão de Wilrison, em dezembro, ainda resultou na operação “ARMAS.COM”, que identificou e retirou do ar mais de mil vídeos com tutoriais de fabricação de armas de fogo caseiras, que totalizavam 110 milhões de visualizações.

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