"Perdoe, mas vamos te assaltar", diz criminoso a motorista de aplicativo na Serra
Vítima foi obrigada a entregar o carro e o celular aos criminosos, que a abandonaram em um local ermo, às margens da Rodovia do Contorno
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Um motorista de transporte por aplicativo viveu momentos de terror após ser feito refém por dois criminosos e ser abandonado em um local ermo, às margens da Rodovia do Contorno, na Serra. O que chamou a atenção, no entanto, foi a forma como um dos bandidos se dirigiu à vítima no momento em que anunciou o assalto.
"O senhor me perdoa. O senhor foi muito gente boa com a gente, mas nós vamos ter que te assaltar", teria dito o assaltante, segundo relatou a vítima.
O motorista contou que os dois criminosos pediram uma corrida por aplicativo e embarcaram nas imediações do Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, em Vitória, na noite de sábado (26). O destino da viagem seria o bairro André Carloni, na Serra.
Ainda segundo a vítima, durante a viagem os dois suspeitos pareciam ser pessoas tranquilas e conversaram por um bom tempo com o motorista antes de anunciarem o assalto. Durante a conversa, um dos assaltantes disse que chegou a frequentar a mesma igreja do motorista.
"À princípio, foi uma corrida tranquila. Vim batendo papo com os meninos, super tranquilo. Um deles até falou que já tinha pertencido à mesma denominação da igreja que eu frequento", relatou.
No entanto, em determinado momento, um dos criminosos anunciou o assalto. O motorista foi obrigado a encostar o carro e passar para o banco do carona.
Segundo a vítima, os assaltantes estavam armados e fizeram várias ameaças. Eles mandaram o motorista entregar o celular e, em seguida, o abandonaram em um local escuro, fugindo com o carro e o celular da vítima.
A abordagem dos criminosos foi registrada por uma câmera instalada dentro do carro. As imagens mostram o momento em que a vítima entrega aos bandidos o celular e libera o aparelho com a senha. Mesmo o motorista não reagindo, um dos assaltantes chega a ameaçar atirar contra ele.
"No início eles foram até educados. Bati papo com eles, dei bala para eles. Mas depois foi uma sessão de tortura psicológica. A todo momento ficaram me ameaçando, tanto que me deixaram no meio de um matagal, nas margens da Rodovia do Contorno, no meio do breu, no escuro. E aí eu consegui voltar".
Quem tiver qualquer informação que possa ajudar a polícia a chegar até os suspeitos deve entrar em contato com o Disque-Denúncia, pelo telefone 181. Não é preciso se identificar, e o sigilo é garantido.
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