“Não vou deixar de sair”, diz idosa ferida em roubo no Centro de Vitória
Mulher de 93 anos foi derrubada durante um assalto em Vitória e bateu o rosto no chão. Crime foi registrado por câmeras de segurança
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Uma idosa de 93 anos foi vítima de um assalto, na rua do Vintém, no Centro de Vitória. Durante a ação, que foi registrada por câmeras de segurança, a vítima foi derrubada pelo assaltante e bateu com o rosto no chão.
“Machuquei o rosto e as mãos, mas minha recuperação está ótima. Vou continuar indo para a padaria, não vou deixar de sair. Entrego para Deus”, disse Zilda Thereza.
As imagens foram obtidas pela reportagem da TV Tribuna/Band. No vídeo, é possível ver que, às 14h24 do último sábado (7), Zilda Thereza surge sozinha caminhando com dificuldades, de bengala, pela via.
Ela voltava de uma padaria. Poucos metros à frente, um homem mexe no lixo, que estava na calçada. Ao notar a presença da idosa, o suspeito parte para cima da mulher e puxa os seus pertences.
Nesse momento, a vítima se desequilibra e cai no chão, batendo com o rosto. A violência aconteceu um dia antes do aniversário da idosa. O crime aconteceu a poucos metros do prédio onde ela mora.
A idosa foi socorrida por um motorista que passava pela região e levada para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência. Ela teve ferimentos na face, passou por exames e teve alta no mesmo dia.
A afilhada de Zilda, Rita de Cássia, afirmou que a família quer que seja feita Justiça para que outras pessoas não passem pelo que a idosa passou.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que militares fizeram buscas na região, mas o suspeito não foi localizado. Já a Polícia Civil afirmou que denúncias podem ser feitas anonimamente no Disque-Denúncia 181 ou no site disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido.
Zilda Thereza, idosa: “Ele me empurrou e eu caí”
O que a senhora lembra do momento do assalto?
Eu fui na padaria. Na volta, a rua estava deserta. Tinha um senhor só. Ele me pediu dinheiro. Eu falei que estava sem e disse que se tivesse, daria de bom coração. Aí, ele seguiu para frente, até uma lata de lixo, quase em frente do prédio.
Eu passei tranquilamente. Aí, ele deu um pulo, pegou minha bolsa, tinha uma bolsinha com todos os meus documentos, e ainda me empurrou. Caí esticadinha.
Depois que a senhora caiu, alguém te ajudou?
Juntou logo uma porção de gente, vieram logo com uma porção de gelo, chamaram a ambulância, me levaram para o São Lucas, me trataram maravilhosamente bem.
Como a senhora está se sentindo?
Muito bem. Entreguei ele nas mãos de Deus. Que Deus dê a sentença para ele.
A senhora acha que vai ficar com medo de sair na rua?
Eu não. Quando melhorar esse rosto, eu saio.
Já imaginou que ia passar por uma situação como essa?
Não. Foi a primeira vez e peço a Deus que seja a última.
Domingo foi seu aniversário, como a senhora passou?
Passei bem e agradecida.
E os ferimentos?
Machuquei o rosto, as mãos um pouquinho, minha recuperação está ótima. Vou continuar indo para a padaria. Entrego para Deus.
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