MPES denuncia 16 pessoas por tráfico e por repassar mensagens de presos para facção
Assassinato de rivais eram planejados dentro da cadeia e ordens eram transmitidas para integrantes de facção
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A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e tornou réus 16 pessoas investigadas por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico. As provas que constam no inquérito foram obtidas na Operação Baeza, deflagrado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do órgão ministerial. Quatro suspeitos estão foragidos.
Durante as investigações, o MPES apurou denúncias de que até mesmo advogados estariam participando das ações criminosas utilizando prerrogativas da profissão para transmitir mensagens dos integrantes do grupo que estavam presos para os que estavam em liberdade, "planejando e executando crimes, em especial o tráfico de entorpecentes e crimes conexos, notadamente no município de Viana".
Por meio de interceptações telefônicas e buscas e apreensões, o MPES obteve provas da prática de crimes de tráfico de drogas, aquisição/porte de armamentos e munições, execução e planejamento de crimes de homicídio cometidos após ordens de lideranças da organização criminosa que se encontram presos em penitenciárias do Espírito Santo.
"Isso era feito por meio de familiares e advogados que se utilizam indevidamente de prerrogativas inerentes e essenciais da advocacia para garantir comunicação criminosa com outros integrantes que estão em liberdade", informou o órgão ministerial.
O MPES denunciou os investigados por integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção de menores e delitos relacionados à posse, porte, guarda, manutenção em depósito, fornecimento, empréstimo e emprego de armas de fogo e munições.
A denúncia foi recebida pela Justiça que decretou a prisão preventiva de 11 réus e aplicou medidas cautelares a outros investigados, como proibição de entrar em penitenciárias.
Na manhã desta quinta-feira (28), o Gaeco deu cumprimento a 11 mandados de prisão preventiva e outros seis de busca e apreensão. A ação teve apoio de policiais militares da Diretoria de Inteligência (DINT), da 13ª Companhia Independente (Jabaeté) e do Batalhão de Missões Especiais (BME).
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