Morte de assassino de vendedora foi causada por ferimento no pescoço
Wanderson Rodrigues Sousa estava preso no Complexo do Xuri, em Vila Velha
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A polícia descobriu que a morte de Wanderson Rodrigues Sousa, de 30 anos, acusado de assassinar a vendedora Carla Gobbi Fabrette, de 25 anos, dentro de uma loja na Glória, em Vila Velha, foi provocada por um ferimento que ele sofreu na região do pescoço.
O suspeito estava preso no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha, em Xuri, e morreu neste domingo (30). Inicialmente, a suspeita era de que ele teria sofrido um mal súbito.
No entanto, a Polícia Cientifica (PCIES) identificou que havia três perfurações no corpo de Wanderson, sendo duas no pescoço e um na nuca. De acordo com informações apuradas pela reportagem da TV Tribuna/Band, a suspeita é de que o ferimento que levou Wanderson à morte foi provocado por um "chucho", uma espécie de arma improvisada, feita pelos próprios detentos dentro da penitenciária.
Por nota, a Polícia Cientifica informou que o laudo cadavérico realizado no Instituto Médico Legal (IML), em Vitória, apontou como causa da morte do interno uma lesão perfurocortante na cervical esquerda, que resultou na lesão da artéria carótida comum esquerda (localizada no lado esquerdo do pescoço).
Ainda de acordo com a PCIES, a lesão identificada pelo médico legista é um novo ferimento, diferente daquele encontrado no pescoço de Wanderson no dia do crime.
Logo após esfaquear Carla, no dia 10 de março, o acusado tentou tirar a própria vida, passando a faca de forma a provocar um ferimento em sua garganta. Ele foi socorrido por agentes da Guarda e levado a um hospital, onde permaneceu escoltado antes de ser preso, no dia 14.
Detento começou a passar mal na prisão
De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Wanderson começou a passar mal na manhã de domingo, e internos que dividiam a cela com ele, no Complexo de Xuri, informaram a situação aos policiais penais do plantão.
Imediatamente, segundo a Sejus, ele foi socorrido por servidores para a Unidade de Saúde do Sistema Prisional (USSP), localizada em Viana, onde já chegou sem vida. De acordo com a secretaria, a causa da morte ainda não está definida. A Sejus informou ainda que a causa da morte vai seguir sob investigação da Polícia Civil, com o acompanhamento do Serviço de Inteligência Prisional, que abriu um procedimento para apurar o fato.
Os sete detentos que dividiam cela com Wanderson foram conduzidos para a Delegacia Regional de Vila Velha, para prestar esclarecimentos sobre o caso.
No entanto, de acordo com a Polícia Civil, a autoridade policial da Central de Teleflagrantes determinou a reintegração deles, uma vez que, até o momento, não há indícios suficientes de que a morte tenha resultado de uma ação intencional.
A Polícia Civil informou ainda que o caso foi encaminhado à Delegacia de Crimes no Sistema Carcerário e Socioeducativo para o prosseguimento das investigações, que seguirão apurando todas as circunstâncias do ocorrido.
Morte de vendedora em loja da Glória
Carla Gobbi Fabrette foi assassinada a facadas, no dia 10 de março, enquanto trabalhava, sozinha na loja.
Segundo a polícia, Wanderson se passou por cliente e levou a vendedora para uma parte interna do estabelecimento, onde golpeou a vítima no pescoço.
A defesa de Wanderson, feita por um defensor público, chegou a alegar que ele estava "em surto" durante o crime.
A Justiça, no entanto, manteve a prisão preventiva do acusado, alegando que ele oferecia risco à sociedade e à ordem pública e que possivelmente poderia cometer crimes semelhantes, caso retornasse em liberdade.
Wanderson já possuía outras passagens pela polícia. Em 2019, ele teria tentado roubar uma caminhonete e várias pessoas numa rua durante um arrastão em Guaranhuns, bairro de Vila Velha.
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