Perícia é realizada em brinquedo do Mirabilândia
A avaliação do Instituto de Criminalística visa responder a vários questionamentos
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O brinquedo Wave Swinger, que se parece com um chapéu mexicano, do Mirabilândia, localizado em Olinda, passou por perícia do Instituto de Criminalística na manhã desta quarta-feira (27), cinco dias após arremessar a professora de inglês Dávine Muniz Cordeiro, de 34 anos, no ar.
A queda ocorreu na sexta-feira passada (22) e causou ferimentos graves à mulher, fraturas no corpo e traumatismo cranioencefálico. Ela ainda está internada no Hospital da Restauração.
A princípio, a investigação servirá para avaliar a manutenção e inspeção do equipamento, determinar responsabilidades, aprimorar a segurança, proteger os direitos da vítima e restaurar a confiança do público. O inquérito está sendo conduzido pelo delegado Rodrigo Leite. (Veja detalhes do que cada passo significa abaixo)
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A perícia desempenha um papel crucial na investigação de incidentes desse tipo e na prevenção de eventos similares no futuro.
Ela está sendo feita após o engenheiro encarregado do parque, Ely Gomes dos Santos, negar que houvesse "desgaste nas quatro correntes que sustentavam o balanço e que se romperam no momento do acidente".
Para o engenheiro, a causa mais provável do acidente, que também atingiu mais outras duas pessoas, foi defeito de fábrica do equipamento.
Nesta quarta-feira (27), o primo de Dávine, o administrador Ricardo Lima, 51 anos, disse à Tribuna Online/Band que ela permanece “estado muito grave, porém com uma curva ascendente de melhoras”.
Ele contou que os médicos preferiram manter a descontinuidade do tratamento até que ela fique totalmente segura. "O segundo passo é a transferência dela de forma menos invasiva”, observou Ricardo,
Para a advogada da vítima, Sandra Filizola, a família aguarda que o delegado tenha acesso à perícia e que esclareça destalhes sobre o assunto. A princípio, ela acredita que o engenheiro tentou eximir o Parque de responsabilidades.
“Vamos fazer uma volta ao passado aqui. Quando foi a pandemia? Quando ele (o engenheiro) diz que foram trocadas as correntes? Em 2020? Ele diz que o parque fazia vistoria todos os dias nessa corrente, nesses brinquedos. Com certeza isso não existiu. Vamos esperar a perícia”. declarou a advogada.
Para que serve a perícia no brinquedo?
Avaliar a manutenção e a inspeção do brinquedo: Os peritos analisam se o brinquedo estava sendo mantido adequadamente e se passou por inspeções regulares de segurança. Isso inclui revisar registros de manutenção e inspeção.
Determinar responsabilidades: Caso seja identificado que o acidente foi causado por negligência, erro ou falta de manutenção adequada, a perícia ajudará a estabelecer responsabilidades legais, que podem recair sobre o parque de diversões, fabricante do brinquedo, equipe de manutenção, entre outros.
Aprimorar a segurança: Os resultados da perícia podem ser usados para melhorar as normas de segurança em parques de diversões e parques temáticos, garantindo que incidentes semelhantes não ocorram no futuro.
Proteger os direitos da vítima: A perícia também pode servir para proteger os direitos da vítima, determinando a causa do acidente e fornecendo informações que podem ser usadas em uma possível ação legal de indenização por danos físicos ou emocionais.
Restaurar a confiança do público: Um incidente em um parque de diversões pode abalar a confiança do público. A perícia busca restaurar essa confiança ao identificar as causas do acidente e as medidas corretivas que serão tomadas.
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