Os cavalos que voam sem asas
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Tem coisas que a gente só entende quando vê de perto, não é mesmo, caro leitor? Como é que um animal de quase 600 quilos consegue saltar com tanta leveza, precisão e elegância? Foi essa pergunta que me levou até Vinhedo, no interior de São Paulo, onde o campo dá lugar a uma das práticas mais bonitas e técnicas do esporte: o hipismo.
Ali, cada cavalo é tratado como um atleta olímpico. E é mesmo. Nutrição controlada, fisioterapia, preparação física, acompanhamento veterinário... Nada escapa ao olhar atento de quem vive para a excelência. No Haras BH, um dos principais do País, entendi que por trás de cada salto perfeito há um mundo inteiro de dedicação, ciência e, acima de tudo, respeito.
O cavalo não é apenas montaria. É parceiro. É emoção. É potência em estado bruto, moldada com paciência e delicadeza. Quando um cavaleiro entra na pista, ele não está sozinho: leva consigo meses — às vezes anos — de construção de vínculo com seu animal. Um laço silencioso, afinado em cada treino, em cada erro, em cada vitória.
Ver de perto o trabalho dos criadores de cavalos de hipismo é também enxergar o agronegócio com outros olhos. A genética dos animais é planejada com o mesmo cuidado de um laboratório. A pastagem é controlada. A rotina é cronometrada. É um setor que envolve veterinários, zootecnistas, tratadores, treinadores, ferreiros e toda uma rede de profissionais apaixonados.
E o resultado disso tudo? Cavalos que parecem voar. Que desafiam a gravidade com um simples impulso, como se o mundo ficasse leve por alguns segundos. É de arrepiar.
Contar essa história foi um privilégio. Porque o agro também é beleza, é superação, é conexão entre espécies. É arte em movimento. Ficou curioso? Esse assunto é destaque no Negócio Rural de amanhã, às 9h da manhã, um pouco mais cedo por causa da transmissão da Fórmula 1, na TV Tribuna/Band. Te espero lá, porque tem muito mais pra gente conversar sobre esse espetáculo de quatro patas.
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