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Obrigado, Sebastião Salgado!

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Imagem ilustrativa da imagem Obrigado, Sebastião Salgado!
Bruno Faustino |  Foto: Arquivo/AT

Nas margens do Rio Doce, entre Minas e Espírito Santo, existe um pedaço de terra que já foi poeira, foi do gado, foi silêncio… e virou floresta. É ali, em Aimorés, que Sebastião Salgado plantou raízes profundas — não só de árvores, mas de esperança. Sabia, caro leitor?

Não é todo dia que o Brasil perde um dos maiores fotógrafos do mundo. E não é fácil colocar em palavras o tamanho da ausência que ele deixa. Sebastião não era só imagem. Era olhar. Era causa. Era gente.

Mineiro de Aimorés, filho de um tempo em que o mundo parecia maior e mais distante, Salgado rodou o planeta retratando os invisíveis. Trabalhadores, refugiados, povos indígenas, a Amazônia, o Sahel, o drama e a beleza da condição humana. Seu olhar atravessava fronteiras, revelando verdades que muita gente preferia não ver. Mas ele via. E mostrava com poesia.

Ao lado da esposa, Lélia, transformou a antiga fazenda de gado da família em um milagre verde: o Instituto Terra. Um dos maiores exemplos de restauração ambiental do planeta. Onde antes havia desmatamento e degradação, hoje brotam nascentes, aves, vida.

Já estive lá algumas vezes. Fiz reportagens, conversei com técnicos, vi o chão brotar esperança. Mas nada se compara ao dia em que entrevistei Sebastião Salgado. Foi em 2021, no auge da pandemia. Pela internet, direto de Paris, onde morava. Eu, aqui do Espírito Santo. Ele, cercado de livros e memórias. O papo foi longo. E doce.

Me contou histórias da infância, da fotografia, da luta pelo replantio. Mas também quis saber de mim. Lembro que perguntei se já tinha tomado a vacina. Respondeu que sim, e me desejou saúde. Falei sobre a perda da minha mãe, ainda recente… Ele ficou em silêncio por alguns segundos e, com uma voz firme e generosa, disse palavras que me acolheram como um abraço. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Sebastião era assim. Grande nas imagens, gigante na alma.

Essa semana, o Negócio Rural presta uma homenagem especial a ele. Vamos relembrar nossa última visita ao Instituto Terra, onde cada árvore carrega um pouco do sonho de Salgado: ver o mundo mais justo, mais verde, mais humano.

Amanhã, na TV Tribuna/Band. Um programa para se emocionar. E, de coração, só posso dizer: obrigado, Sebastião Salgado. Você plantou muito mais do que floresta. Plantou luz.

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