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Esportes

Aulas gratuitas de vôlei no ES: jovens viram o jogo com o esporte

Projeto “Virando o Jogo” atende mais de 400 alunos com núcleos na Grande Vitória, em Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim


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Imagem ilustrativa da imagem Aulas gratuitas de vôlei no ES: jovens viram o jogo com o esporte
Projeto "Virando o Jogo" começou em fevereiro de 2023 e dá oportunidade para 400 jovens de 12 a 16 anos praticarem voleibol de forma gratuita no Estado |  Foto: Leone Iglesias/AT

O projeto social “Virando o Jogo” está transformando a vida de jovens de 12 a 16 anos no Espírito Santo. Com aulas gratuitas de vôlei duas vezes na semana, a iniciativa engloba 400 estudantes de escolas públicas e privadas em cinco cidades do Estado: Vitória, Serra, Viana, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim.

Para participar do projeto, que começou em fevereiro de 2023, os alunos destes municípios precisam estar matriculados e com boas notas nos respectivos colégios, e realizar as inscrições – quando o período delas estiver aberto – no começo do ano, nos ginásios em que as aulas ocorrem.

O coordenador da iniciativa é o ex-jogador de vôlei de praia Fábio Luiz, medalhista de prata nas Olimpíadas de Pequim, em 2008.

“O Virando o Jogo nasceu de um sonho. Eu queria que as crianças aprendessem os fundamentos do voleibol com material de qualidade: boas bolas, uniformes adequados, professores formados, registrados no conselho, seguindo um processo pedagógico bem estruturado”, contou o ex-atleta.

Superação

Fábio abordou sobre as dificuldades. “Viemos de um período de pandemia em que as crianças ficaram dois anos paradas. No início, enfrentamos muitas dificuldades: crianças com síndromes, dificuldade de socialização, obesidade infantil alta, déficit de atenção, depressão. Encontramos muitas situações desafiadoras, mas também vimos um apelo muito grande dos pais, que pediam para incluir seus filhos no projeto. Muitos disseram: ‘O projeto salvou minha filha’, e isso nos emociona”, relatou.

Cristina Freire, 48, mãe de Valentina Freire, 13, avalia a iniciativa como muito importante. “Desde que ela entrou, não faltou nenhum dia. Ela tem muita garra, sempre quer participar, diz: ‘Mãe, eu vou, eu quero ir!’ Essa dedicação só aumentou após os elogios do professor, que enxergou talento e potencial nela. Isso a motivou ainda mais”, contou.

“O brilho nos olhos dela, o sorriso ao chegar para os treinos, é algo que me emociona. Os professores corrigem, cobram, mas também incentivam. Eles mostram que mesmo diante de dificuldades, é possível superar e melhorar. Esse é o propósito do projeto: desenvolver, capacitar e apoiar quem tem interesse e quer continuar jogando no futuro”, manifestou.

“Como se fosse meu segundo lar”

O jovem Luiz Fernando, de 15 anos, morador de Cariacica que estuda no Colégio Salesiano, em Vitória, contou sobre como ingressou no projeto “Virando o Jogo”.

“Na escola, junto com os amigos, a gente costumava jogar vôlei. Um amigo meu, que é profissional de vôlei, começou a me incentivar a jogar. Depois, outro amigo, que já fazia parte do projeto, falou sobre ele e me contou o dia para vir e fazer a inscrição. Peguei a ficha, minha mãe me ajudou a preencher e me inscrevi. Agora estou aqui e é como se fosse meu segundo lar”, enfatizou.

Através da prática do vôlei, há quase oito meses, ele afirmou que já evoluiu bastante e que se sente bem melhor. “Estou muito feliz! É muito bom poder praticar um esporte, especialmente algo que gosto tanto. Aqui aprendi sobre companheirismo, trabalho em equipe e fiz novas amizades. Minha autoestima melhorou muito, assim como meu estado físico”, completou.

Um dos professores do núcleo da Sesport, Fernando Magalhães, 37, contou mais sobre o comportamento dos alunos. “Eles adoram. Pode estar chovendo ou muito quente, mas eles fazem questão de estar presentes. É uma oportunidade única, totalmente gratuita, e isso é especialmente importante para as comunidades mais carentes”.

“Eles chegam tímidos e inseguros, mas, ao longo do tempo, começam a se expressar melhor, trabalhar em equipe e ganhar confiança”, concluiu.

“Considero eles como meus filhos”, diz Fábio Luiz

O medalhista olímpico Fábio Luiz frisou sobre o carinho que sente pelos jovens que fazem parte do projeto. “Considero esses jovens como meus filhos. Cada detalhe do projeto foi pensado com muito carinho. Meu objetivo era criar algo dinâmico, legal e que transmitisse representatividade. Algo que desse prazer em participar e de forma organizada”.

Fábio também falou sobre o poder de transformação do esporte. “O projeto transforma vidas. Ele tira as crianças das ruas, oferece uma modalidade esportiva, promove socialização e disciplina. Além disso, o esporte oferece oportunidades. Eu mesmo sou um exemplo disso. O esporte mudou minha vida e quero que esses jovens também tenham essa chance”, apontou.

Celso Jantorno, presidente da Federação Espírito Santense de Voleibol, seguiu a mesma linha de pensamento e abordou sobre a importância da iniciativa para a população. “É uma realização não apenas pessoal, mas da categoria e da sociedade capixaba como um todo. Como política pública, ela transforma essas crianças em cidadãs antes mesmo de torná-las atletas”, finalizou.

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