Tecnologia e engenharias têm mais chances para recém-formados

Na área de tecnologia da informação, 82% dos recém-formados declararam estar trabalhando. Nas engenharias, são 77%

Jonathas Gomes e Eliane Proscholdt, Jornal A Tribuna | 24/11/2022, 12:44 12:44 h | Atualizado em 24/11/2022, 12:46

Fim de ano, para muitos, é época de se dedicar às últimas  provas do calendário escolar, se preparar para formatura, curtir férias  e também momento de escolher a profissão. Para quem está em dúvida, uma  pesquisa revela as áreas com mais chance   de emprego para recém-formados.

Os profissionais da área de  tecnologia da informação estão no topo da lista, com 82% que declararam estar trabalhando, 77% deles na área de graduação, segundo  levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). 

Nas engenharias, 77% estão contribuindo no mercado de trabalho, 93% trabalhando na área. 

Celso Niskier, diretor presidente da ABMES, cita que na engenharia houve uma redução  grande de formandos nos últimos anos, e consequentemente  há  muita oferta de vagas para poucos candidatos.

“Já na computação, a maior empregabilidade está relacionada ao gap de mão de obra na área, que alguns estimam em 400 mil  vagas não preenchidas no País”.

Paulo Vitor Bruno Onezorge, diretor-executivo da UCL, assegura que, no mercado de TI, já existem vagas ociosas e um estudo aponta que até 2025 haverá  um déficit estimado de cerca de 800 mil profissionais da área no País. 

Com relação à engenharia, ele destaca que quem escolhe estudar engenharia geralmente se posiciona no mercado e inicia a carreira imediatamente após a conclusão da graduação ou até antes de se formar.

Neidy Christo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-ES), confirma   que essas duas  áreas  são promissoras no mercado de trabalho, tanto para recém-formados quanto para quem já está empregado.

“São profissionais altamente disputados, que têm recebido aumentos salariais significativos, sobretudo aqueles com experiência nas atividades mais procuradas pelas empresas”. 

Ela ressalta que a escassez de mão de obra nessas áreas, sobretudo em TI, acontece não só no Brasil, mas no mundo. “Muitas  vagas ficam abertas por meses. Isso é decorrência das mudanças de mercado e também da pandemia”.

Recém-formados no mercado de trabalho

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00128673_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00128673_00.jpg%3Fxid%3D435302&xid=435302 600w, Victor Hugo Requiere e Rusley Silva Santos.
 

Engenharia Química foi a área escolhida por Victor Hugo Requiere, de 34  anos. Formado pela UCL no   primeiro semestre deste ano, ele faz  mestrado e trabalha em uma grande siderúrgica no Estado. 

“Já fui sondado por outras empresas, mas onde eu trabalho tenho certa estabilidade  e gosto muito do ambiente”. 

Rusley Silva Santos, 27, que cursa Sistemas de Informação na UCL, vai se formar no mês que vem e já está no mercado de trabalho. Ele diz que durante a pandemia  ocorreu uma grande valorização na área. 

“As empresas perceberam que podiam crescer no digital enquanto o físico estava suspenso e o mercado ficou bastante aquecido, com muitas vagas e salários de mais de cinco dígitos”.

Planos de carreira

Concurso público e ramo de negócios

Prestes a ingressar  no mercado de trabalho, Gabriel Araújo, de 25 anos, que está cursando o 10º período de Arquitetura e Urbanismo na UniSales, fala dos seus planos profissionais, cuja tecnologia acaba sendo aliada na elaboração de projetos. 

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00128673_01/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00128673_01.jpg%3Fxid%3D435303&xid=435303 600w, Prestes a ingressar  no mercado de trabalho, Gabriel Araújo, 25 anos, que está cursando o 10º período de Arquitetura e Urbanismo na UniSales, falar dos seus planos profissionais, cuja tecnologia acaba sendo aliada na elaboração de projetos.
 

Na hora de escolher a  área, ele não teve dúvida, já que desde pequeno se destacava pela criatividade em desenhos de casas e  edifícios. 

Inicialmente, ele deseja fazer concurso público, mas, no futuro próximo, pretende investir também no ramo de negócios, montando o seu próprio escritório.

Empregabilidade

Levantamento inédito foi  realizado  em parceria da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Symplicity, empresa de solução de software de empregabilidade e engajamento estudantil.

De acordo com o Índice ABMES/ Symplicity de Empregabilidade 2022 (IASE), divulgado recentemente, 69% dos egressos do ensino superior estão empregados após até um ano da colação de grau. 

A taxa de ocupação é a mesma para os recém-formados, independe da modalidade do curso – seja presencial ou a distância – e a remuneração média geral é de R$ 3,8 mil.

A pesquisa, que ouviu 1.989 pessoas  em todo o País, entre novembro de 2021 e maio deste ano, mostra que apesar do período pandêmico, o investimento na formação superior continua sendo muito importante para a empregabilidade.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00128673_02/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00128673_02.png%3Fxid%3D435304&xid=435304 600w,
 

Fonte: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).

SUGERIMOS PARA VOCÊ: