Reflexões de Cortella sobre a intolerância e o preconceito
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Na última semana, o filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella lançou no mercado editorial suas ideias sobre os reais impactos na estrutura da sociedade atual com intolerância, polarização, hostilidade e desprezo.
Seus pensamentos foram copilados no livro “A Diversidade: Aprendendo a Ser Humano”, que foi escrito originalmente com sua esposa, a jornalista, roteirista e escritora Janete Leão Ferraz e publicado em 2012 com o título “Escola e Preconceito: Docência, Discência e Decência”. Mas a obra foi toda reformulada por ele e renomeada, focando na realidade atual.
Na nova edição, Cortella explica as diferenças entre reconhecer e tolerar, conflito e confronto, divergir e anular e o que faz dessas opiniões gatilhos de preconceito e atos de violência que estão tão presentes atualmente.
Ele ressalta que o preconceito tem o poder de abstrair a capacidade de conviver, refletir, fazer melhor, inovar e de partilhar. E mostra que o ser humano passou a olhar o outro não como o outro, mas como estranho, tratando o diferente como um intruso e, muitas vezes, como inferior.
Para o autor, é fundamental que se desfaçam algumas amarras para que se siga na busca de uma vida coletiva que reconheça concretamente a beleza na diversidade, a complementaridade na diferença e a riqueza na pluralidade.
“Durante muito tempo, nós vivemos em uma sociedade na qual o conflito – na família, na escola, na rua – fez parte do nosso dia a dia. Pouco a pouco, em várias instâncias sociais, inclusive na escola, fomos substituindo a noção de conflito pela quase glorificação do confronto. Nessa hora, sim, nós perdemos a paz”, reflete o autor.
Professor universitário, Cortella é um dos pensadores contemporâneos mais respeitados do Brasil. É também autor e coautor de best-sellers como “A Sorte Segue a Coragem”, “Não se Desespere” e “Fi
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