X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Entretenimento

"Cauby, Uma Paixão", com Diogo Vilela, estreia neste fim de semana

O ator Diogo Vilela, que estará em Vitória com o espetáculo “Cauby, Uma Paixão”, diz que o cantor vive em seu coração


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem "Cauby, Uma Paixão", com Diogo Vilela, estreia neste fim de semana
Diogo Vilela em cena como Cauby Peixoto: cantor deixou para ele uma arara cheia de roupas antes de morrer, em 2016 |  Foto: "Cauby, Uma Paixão"

Seja nos palcos ou na vida, a palavra que move Diogo Vilela, de 64 anos, é transformação. O ator, que encarna Cauby Peixoto no teatro — com direito à peruca, looks exuberantes e até o tom de voz do ícone da música —, sente a presença forte do astro do rádio quando olha para a arara cheia de roupas  que o artista deixou exclusivamente para ele.  

Mas não só naquela cena, definida pelo também comediante como algo emocionante, por ser a maior representação do que é o teatro. Para o carioca, Cauby, que morreu em 2016, vive em nossos corações, assim como todo ente querido que parte dessa vida.

“Foi um luto que a gente passou. Também fiquei arrasado com a morte da secretária dele, dona Nancy Lara, uma vítima da covid. Ela  cuidou dele a vida toda e foi muito parceira, fazia a ponte entre a gente e ele.  Às vezes, a morte se transforma em amor. O certo é que toda morte se transforme no amor que você tem pela pessoa. Qualquer pessoa que a gente ama, quando morre, ela vem para o nosso coração. Cauby vive aí”, afirma Vilela,  por telefone, ao jornal A Tribuna. 

No próximo fim de semana, o ator desembarca em Vitória com a peça “Cauby, Uma Paixão”, uma versão aprimorada da live que ele apresentou no fim de 2020, em mais um reencontro com um dos maiores intérpretes da música brasileira. 

Esta é a terceira imersão  que Vilela faz no universo do cantor. A primeira aconteceu em 2006, no espetáculo “Cauby! Cauby!”, que rendeu a ele o Prêmio Shell de Teatro como Melhor Ator.          

“Para mim, esse personagem é um encontro meu com minha profissão. É um Cauby ali, ele por ele, visto por ele. Ele precisa de transformação, e reúne tudo o que um ator gosta: peruca, roupas do guarda-roupa dele e tem toda aquela atmosfera do Cauby”.

SERVIÇO

“Cauby, Uma Paixão”

O quê: Espetáculo musical com Diogo Vilela, abrindo a 14ª edição do Circuito Cultural Unimed

Quando: Sexta-feira e sábado, dias 29 e 30 de abril

Horário: 20 horas

Onde: Centro Cultural Sesc Glória. Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória

Ingressos (meia): Plateia a R$ 50, Balcão a R$ 40 e Mezanino a R$ 25

Venda: Site www.lebillet.com.br

Classificação: Livre

Imagem ilustrativa da imagem "Cauby, Uma Paixão", com Diogo Vilela, estreia neste fim de semana
Diogo Vilela diz que público se impressiona com a semelhança entre ele e Cauby |  Foto: Dalton Valerio

“Peço: 'Cauby, canta por mim?'”, diz o ator Diogo Vilela

A Tribuna - “Cauby, Uma Paixão” é uma atualização dos espetáculos nos quais você interpretou o astro do rádio?

Diogo Vilela - No final de 2020, um produtor de teatro me chamou para fazer uma live e perguntou: 'por que você não canta Cauby?'. Como esse personagem estava bem próximo de mim, fui e fiz. 

Fizemos com repertório escolhido pelo roteirista Flávio Marinho, depois nos aprimoramos. Na live, todo mundo fazia o que podia. A gente estava tão triste… Então, fizemos o personagem falando dele próprio e cantando sucessos.

Vitória é a primeira cidade a receber esse novo espetáculo?

Será a segunda. Em 2006, fiz a biografia, sempre com a parte do canto. É uma peça que eu vivia a vida dele. Em 2018, eu remontei.  Esse espetáculo é um aprimoramento da live que fizemos em 2020.  

Não é seu primeiro musical. É um tipo de espetáculo que demanda muito da sua energia?

Eu já fiz a vida de Nelson Gonçalves, que também era uma biografia. E três espetáculos da Broadway. Fiz “Cabaré”, meu primeiro musical, com Beth Goulart, “Sim, Eu Aceito!”... E Cauby, várias vezes! Já fiz bastante musical.  

Faço aulas de canto desde 1996 para me preparar para esse momento. Nunca deixei de fazer aula. Se não tivesse técnica, não poderia fazer o Cauby, porque canto as músicas no tom dele. 

A carga emocional é mais antes. A gente fica naquela expectativa, mas, quando entro em cena, me sinto muito bem. O teatro renova a gente, porque é o lugar  onde a imaginação é permitida. Você está ali compactuando com a imaginação de outra pessoa. É uma troca muito interessante.

Mas eu faço isso. Sou de uma geração que se transforma em outra pessoa. Aprendi no meu ofício a virar personagem e não a ser eu mesmo. E Cauby é um exemplo técnico, não é uma imitação. É uma transformação. 

O que mais te admira em Cauby Peixoto? 

Ele só cantou músicas lindas, tem um repertório vastíssimo. Cauby era uma pessoa silenciosa. Era educado, gentil, com um coração muito grande. Tanto é que, quando falo desse personagem, a primeira palavra que vem é amor, afeto. 

O que mais te surpreendeu no universo dele?

O que me comoveu foi ver o amor que ele tinha pela arte dele. É comovente  presenciar um artista sendo humilde com sua própria arte. Ia muito ver os shows dele em São Paulo. Não frequentava a casa dele, mas ele sabia que eu estava ali. E foi vendo um show dele que ele me pediu: 'faz a peça de novo'. 

Era um desejo de Cauby que eu voltasse aos palcos cantando e interpretando ele. Ele morreu feliz porque isso era um desejo. Foi por isso que decidi fazê-lo de novo. A primeira peça que repeti um personagem é a dele.  

Se identifica com Cauby? 

Totalmente! Principalmente, como artista. Tenho aquela coisa de querer ficar no palco até o final da vida, assim como ele ficou.

O palco é o que me resta, minha alegria é ter gente na plateia. Desde os 12 anos que faço isso. Nunca parei de trabalhar. Tive ótimas oportunidades, pessoas lembram dos personagens e pretendo fazer muita coisa ainda. Minha vida é essa!

Já sentiu a presença dele no palco?

 Sinto e,  antes de entrar em cena, peço: “canta por mim, pelo amor de Deus?”. Eu chamo ele. Tanto é que as pessoas ficam impressionadas com a semelhança. Nenhuma voz é igual a outra. E eu faço as vozes dele falada e cantada, que são bem diferentes. Então, não é simples. Tem que ter uma técnica muito grande, trabalhar muito.  

Está em algum projeto audiovisual?

Gravei uma série que vai estrear em outubro na Amazon Prime Video. Chama-se “Eleita”. Na pandemia, gravei dentro de casa o “Zorra”. Os atores se reuniram e resolvemos fazer assim mesmo. Foi uma loucura!

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: