África tem importado DNA do gado e capim brasileiro

Intenção é desenvolver a produção local

Redação do Jornal A Tribuna | 01/03/2024, 05:00 05:00 h | Atualizado em 29/02/2024, 12:05

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/160000/372x236/Africa-tem-importado-DNA-do-gado-e-capim-brasileir0016961700202402291205/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F160000%2FAfrica-tem-importado-DNA-do-gado-e-capim-brasileir0016961700202402291205.jpg%3Fxid%3D744324&xid=744324 600w, Gados brasileiros têm sido exportados para a África

O gado e o capim brasileiro estão sendo destaques na África. O “DNA” dos dois produtos estão sendo importados para desenvolver a produção local.

A zootecnista e especialista em gestão pecuária Renata Erler explica que, na Angola, há um movimento de trazer gados brasileiros da raça nelore.

Leia mais sobre Tribuna Agro

“O clima é muito parecido com o oeste baiano e o nelore brasileiro já está adaptado. Cada criador tem a sua linhagem e está vendo qual se adaptará melhor, mas a base de todas é o nelore brasileiro”, explicou a especialista.

Já sobre o capim, Renata Erler relata que, apesar de a base serda própria África, a alta capacidade de produção brasileira causa uma importação.

“As bases genéticas do capim utilizados em todo o Brasil, especialmente das braquiárias, tem origem africana, mas, foram geneticamente melhoradas aqui, principalmente através do trabalho desenvolvido pela Embrapa. Agora, essa mesma pastagem, com o melhoramento genético, está sendo levada para o outro lado do oceano, com seus aprimoramentos, a fim de ser utilizada para a pecuária de lá”, explica a especialista.

Erler, inclusive, está indo para a Angola gerenciar e prestar consultoria técnica em pecuária de corte para uma fazenda.

A propriedade em questão é uma antiga fazenda de café, com 30 mil hectares de extensão e que, desde 2018, investe em pecuária sustentável. Nesse cenário, Erler terá como desafio fazer o manejo do gado nelore, em uma área de mais de 20 mil hectares.

“O Brasil é um gigante no agronegócio, e está exportando seus conhecimentos e tecnologias para o mundo. Somos um grande exportador de insumos como adubos, genética e sementes para o continente africano”, afirma.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

SUGERIMOS PARA VOCÊ: