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Economia

Sindicato prevê demissão de 7 mil frentistas com projeto


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Cerca de 7 mil frentistas correm o risco de perder o emprego no Estado, devido à emenda que propõe a implantação das bombas de autoatendimento nos postos de combustíveis.

A ideia é adotar como é o padrão nos Estados Unidos e na maioria dos países da Europa, onde o próprio motorista abastece seu veículo.

Caso seja aprovada, a proposta do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) sugere a operação parcial ou integralmente automatizada no serviço de venda de combustíveis com a justificativa de baratear o preço dos combustíveis.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis (Sinpospetro-ES), Wellington Bezerra, avalia a proposta como uma “catástrofe”.

“Só aqui no Estado são quase 7 mil pais de família que prestam esse serviço. Lembrando que o frentista não só abastece carros, mas também dá informações para as pessoas”, salienta.

Para ele, o trabalho do frentista vai além do serviço de encher tanques. “Com o grau alto de violência que vivemos, o melhor local para procurar informação ainda é o posto de combustível; para pedir socorro quando o carro quebra; para aguardar um temporal passar”, complementa.

Atualmente a Lei 9.956, aprovada em janeiro de 2000, proíbe o autoatendimento nos postos, obrigando todos os estabelecimentos a ter frentistas.

A medida foi tomada para garantir a estabilidade de milhares de empregos nos postos, o que para o deputado, influencia diretamente no preço dos combustíveis.

De acordo com o presidente da Sinpospetro-ES, a proposta vai contribuir com o aumento do desemprego no Estado.

Wellington também acredita que os salários dos trabalhadores é um valor irrelevante se comparado ao custo total do combustível e, por isso, acredita que a medida não vai diminuir os preços.

“A mão de obra desse trabalho equivale, no máximo, a 2% do preço do combustível. Isso não vai baratear o combustível. Vai aumentar o desemprego no País”.

Para homenagear a categoria, o vereador Devanir Ferreira (PRB), de Vila Velha, protocolou um projeto de lei sugerindo a comemoração do Dia do Frentista, no dia 13 de janeiro.

Preocupado após nove anos de atuação

Entre os 7 mil frentistas com chance de perderem o emprego no Espírito Santo está o Aloísio Moreschi, que atua na área há 9 anos.

Imagem ilustrativa da imagem Sindicato prevê demissão de 7 mil frentistas com projeto
Aloísio Moreschi, de 56 anos, atua na área há 9 anos. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Hoje, com 56 anos, ele enxerga a medida como preocupante, principalmente por conta da sua idade. “Se essa proposta for para frente e eu perder o emprego, vai ser difícil me reinserir no mercado de trabalho. Eu já tenho uma idade avançada”, comenta o frentista.

Antes do atual emprego, ele chegou a trabalhar em outra rede por cerca de seis meses, mas logo em seguida foi contratado pelo posto Iate, na Praia do Canto, em Vitória, e se mantém lá até hoje. Para Aloísio, criar vínculos é uma das partes mais especiais da sua ocupação. “Os clientes acabam virando amigos”.

“Self-service” nos EUA e no Japão

Em alguns países, como Japão, Estados Unidos e outros da Europa, é muito comum encontrar bombas de combustíveis que funcionem no modelo “self-service”.

Nesses lugares, os postos de combustíveis são totalmente autônomos, ou seja, é o próprio motorista quem enche o tanque do veículo. Um cartão é inserido na bomba e a cobrança é feita automaticamente.

Mas, para o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do Espírito Santo (Sinpospetro-ES), Wellington Bezerra, a prática pode ser perigosa e mais demorada.

“O frentista é treinado para operar as bombas de forma ágil e segura. Com o autosserviço, as filas nos postos vão aumentar, sem contar que colocar a população despreparada para abastecer um carro é colocar toda a sociedade em risco. Há perigo de acidentes, como explosões e incêndios”, comenta Wellington.

Desde 2003, todo empregado que opera bomba de combustíveis tem direito ao adicional de periculosidade, já que a atividade é perigosa e oferece risco à vida ou à integridade física, havendo risco de explosão pelo manuseio de substâncias inflamáveis.

Modelos de bombas são proibidas no País

Proposta

  • A medida prevê a adoção de bombas de autoatendimento em postos de combustíveis, como é o padrão nos Estados Unidos e na maioria dos países da Europa, onde o próprio motorista abastece seu veículo.
  • O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), propôs a emenda à Medida Provisória nº 1.063/21.

Justificativa

  • O principal motivo para a criação da proposta seria a possibilidade de baratear o custo do combustível.

O que diz o Sindicato?

  • A proposta vai contribuir com o aumento do desemprego no Estado, de acordo com o presidente da Sinpospetro-ES, Wellington Bezerra.

Lei garante posto de trabalho

  • Aprovada em janeiro de 2000, por Fernando Henrique Cardoso, a lei nº 9.956 proíbe o funcionamento de bombas no modelo self-service em todo o território nacional.
  • A lei não só obriga os postos de combustíveis a terem frentistas para o abastecimento, mas também prevê multa para aqueles que descumprirem essa ordem.  

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