Gigante do café e nova fábrica de papel vão abrir empregos no ES
Tristão anunciou plano de construir armazém em Aracruz, e a Copapa vai transferir metade da produção do Rio para Bom Jesus do Norte
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Duas grandes indústrias, dos setores cafeeiro e de papéis, estão com projetos de investimento para expandir a capacidade logística e de produção em municípios do Norte e do Sul do Espírito Santo, com a criação de novos postos de trabalho.
A Companhia Paduana de Papéis (Copapa), fábrica de produtos higiênicos de Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro, pretende transferir 50% das operações de confecção do produto final para Bom Jesus do Norte, no extremo sul do Estado, e criar 600 empregos diretos e indiretos.
A proposta é que a empresa — dona de marcas consolidadas, como a Carinho — transfira três das nove linhas de montagem, passando a converter papel tissue em papel higiênico, papel toalha e guardanapo no Estado.
O motivo, segundo a empresa, é pela proximidade com os principais mercados consumidores dos produtos da marca, comenta o diretor-superintendente da Copapa, Jairo Santos.
“O Espírito Santo é o nosso terceiro maior mercado consumidor, ficando atrás do Rio e de Minas Gerais. Também temos a Bahia como forte compradora. Estar no Estado nos permite escoar a produção com menos custo”, diz.
O principal atrativo, segundo Santos, são os incentivos fiscais e as ofertas de crédito disponíveis no Espírito Santo. Para viabilizar o investimento, no entanto, a empresa busca um apoio do Estado.
“Estamos conversando com a prefeitura e queremos falar com o governo sobre a criação de um distrito industrial na cidade, disponibilizando o terreno e a infraestrutura de energia”, diz.
A empresa afirma que a fábrica vai gerar um faturamento de R$ 170 milhões no Estado, o que retornaria em receita de impostos.
Já o Grupo Tristão, gigante do setor do café e dono da Realcafé, anunciou um novo armazém em Aracruz, no Norte do Estado. A estrutura vai permitir otimizar a logística de escoamento dos grãos e facilitar a exportação, devido à proximidade com o Porto da Imetame, disse o presidente do grupo, Sérgio Tristão, ao Estadão.
Segundo Tristão, o investimento reforça o papel do Espírito Santo na produção de café conilon, responsável por mais de 70% da produção nacional dessa variedade.
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Nova fábrica de papel
A Copapa, dona da marca de papel higiênico Carinho, quer instalar uma fábrica de conversão de papel tissue em produto final na cidade de Bom Jesus do Norte, no Sul do Estado.
A unidade movimentaria, segundo a empresa, R$ 170 milhões, com escoamento da produção para os estados de Minas Gerais e da Bahia, além do próprio Espírito Santo.
Para a empresa, o Espírito Santo possui um bom ambiente de negócios, com oferta de crédito e incentivos tributários atrativos para o investimento.
Além da fábrica, a empresa anunciou como certo o investimento em um Centro de Distribuição (CD), que deve criar 20 empregos diretos para a movimentação da carga.
Serão 150 carretas para transportar o produto final para outras regiões. O local, porém, ainda não foi escolhido.
Armazém
Em aracruz, o Grupo Tristão, dono da Realcafé, vai construir um armazém para estocar o produto, com olhos para a exportação pelo Porto da Imetame.
A empresa, que possui fábrica em Viana, na Grande Vitória, é uma das maiores do ramo no País e já exporta café solúvel, torrado e moído, por meio da Tristão Trading.
O grupo possui galpões, silos e escritórios para análise, seleção, compra e venda de café verde em todo o mundo.
Fontes: Empresas citadas e IstoÉ Dinheiro.
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