Fábricas e centros de distribuição vão movimentar a economia capixaba
Fábricas e centros de distribuição também prometem movimentar a economia capixaba, com cidades chegando a disputar o título de capital logística do ES
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Fábricas e centros de distribuição também prometem movimentar a economia capixaba, com cidades chegando a disputar o título de capital logística do Estado, a exemplo de Viana, Cariacica e Serra.
Em Viana, a expectativa é de criação de mais de 3 mil empregos em pelo menos sete empreendimentos. Entre os exemplos, três
Já foram confirmados no Parque Industrial.
O Extrafrutti, que atua no comércio de hortifrutigranjeiros, instalará no local a nova sede da empresa, em uma área de 13 mil metros quadrados.
A Campo Participações Imobiliárias também será instalada no local, bem como a Soll Soluções Financeiras.
A empresa Calmac Distribuidora de Tintas, conhecida no mercado por Ellu’s Tintas, vai se instalar na Ribeira. O armazém logístico vai abrir cerca de 150 empregos diretos e indiretos.
Na Serra, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Claudio Denicoli, disse que diversas empresas têm investido na construção de galpões no município em virtude da dificuldade de se locar os espaços na cidade.
“Estamos com potencial logístico fantástico. São 370 mil metros de galpões para logísticas já em construção, temos uma perspectiva de iniciar 2023, com mais 300 mil metros quadrados. Hoje não existe galpão para locação na Serra, estão todos ocupados”, disse o secretário.
Segundo ele, o município está vivenciando um boom de logística. “Por isso muitas empresas estão investindo na construção de galpões. Para garantirem o menor prazo de entrega, elas estão investindo em centros de distribuição”.
Também aparecem na disputa pelo título de polo logístico do Espírito Santo as cidades de Cariacica e Viana.
“Toda distribuição do País da Arezzo virá para cá. É uma centena de empresas que estão aportando em Cariacica”, disse o prefeito de Cariacica, Euclério de Azevedo Sampaio Junior.
Rachel Freixo, subsecretária de Estado de Competitividade, afirmou que o governador Renato Casagrande vai anunciar, em breve, um pacote de investimentos de empresas que estão chegando ao Estado.
NOVOS EMPREENDIMENTOS
Projetos para logística na Grande Vitória
Serra
Contorno
Perfilados Rio Doce
Segmento: metalurgia.
O grupo RDG possui sua matriz em Linhares e uma unidade no bairro Civit, na Serra.
Bairro: Contorno.
Oportunidades: 250 empregos (diretos).
Skystone
Segmento: indústria de rochas.
Bairro: contorno, Polo Piracema.
Investimento: R$ 25 milhões.
A empresa está construindo galpões que irão funcionar como indústria de equipamentos para rochas ornamentais.
Adubos real
Segmentos: produtos para agricultura.
Está construindo galpões em um terreno de 12 mil metros quadrados.
O local será utilizado para o ensaque de adubos.
Pitanga
Baltico
Segmento: logística.
Está construindo galpões para locação em um terreno de 35 mil metros quadrados, na entrada do bairro Pitanga.
Viana
Caxias do Sul
Amazon
A gigante da internet fechou contrato com a Prefeitura e inaugurou em outubro. O local era uma Estação de Entrega.
Local: Polo Industrial Log Viana II
Oportunidades: 70 empregos direto e 350 indiretos.
Investimento: R$ 20 milhões.
Areinha
Extrafrutti
Está construindo um novo centro de distribuição, no Parque Industrial em Areinha, Viana.
A conclusão: prevista para março do ano que vem.
Vagas: 50 diretas e 50 indiretas.
Ribeira
CALMAC
A empresa conhecida no mercado por Ellu’s Tintas, criará oportunidades em seu armazém logístico em construção no bairro Ribeira.
Oportunidades: 150 empregos entre diretos e indiretos.
Investimento: R$ 18 milhões.
Cariacica
Polo industrial
Arezzo
A empresa de calçados femininos está implmentando seu centro de distribuição nacional no município.
Funcionamento: 2 de janeiro.
“É preciso criar condições para que novos negócios prosperem”
Os economistas estão projetando um crescimento de apenas 0,8% para o PIB em 2023. É um cenário de crescimento econômico conservador, considerando que a população avança em ritmo mais acelerado. Além disso, há estimativas que apontam que o PIB poderia atingir 1,8% em plena utilização da capacidade produtiva.
Preocupa que a estagnação da economia brasileira que vem ocorrendo na última década tem resultado num processo de empobrecimento coletivo. A mudança desse cenário requer melhoria do ambiente de negócios. Trata-se de estimular a cultura empreendedora e criar condições mercadológicas para que novos negócios prosperem.
As taxas de juros costumam ser apontadas como um dos vilões ao surgimento dos novos negócios.
Importante destacar que a valorização imobiliária está diretamente relacionada com o crescimento da economia. Quando a renda da população cresce, há maior disponibilidade dos consumidores para adquirir imóveis e empresários também têm maior disposição para investir. É o ciclo virtuoso desejado.
Mas há questões urgentes com a complexidade das regras tributárias, instabilidade institucional e baixos indicadores educacionais.
Essa agenda de reformas é uma questão republicana, que precisa ser priorizada para além do ciclo de gestão política.
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