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Economia

Dólar fecha em R$ 6,10 com dados de emprego nos EUA e inflação no Brasil; Bolsa cai

Atenções do mercado se voltaram aos possíveis impactos das divulgações nas decisões de juros dos dois países


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Imagem ilustrativa da imagem Dólar fecha em R$ 6,10 com dados de emprego nos EUA e inflação no Brasil; Bolsa cai
Dólar fecha em R$ 6,10 com dados de emprego nos EUA e inflação no Brasil; Bolsa cai |  Foto: Divulgação

O dólar fechou em forte alta de 1% nesta sexta-feira (10), cotado a R$ 6,102, em meio aos resultados da inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), e do relatório de emprego dos Estados Unidos.

Já a Bolsa teve queda de 0,77%, aos 118.856 pontos.

As atenções do mercado se voltaram aos possíveis impactos das divulgações nas decisões de juros dos dois países.

A começar pela ponta doméstica, o IPCA fechou 2024 em 4,83%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta veio após variação de 4,62% em 2023.

O resultado confirma o estouro do teto da meta de inflação, definido em 4,5%. Assim, o novo presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, terá de escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O documento deve explicar os motivos que levaram ao descumprimento do alvo, que tinha centro de 3% e intervalo de tolerância de 1,50 ponto percentual para cima e para baixo.

Galípolo será o autor da oitava carta desde a adoção do sistema de metas, em 1999 -o seu antecessor, Roberto Campos Neto, escreveu duas.

A variação de 4,83% veio praticamente em linha com a mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 4,84%, segundo a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 4,7% a 4,91%.

"Apesar de vir em linha com as estimativas, o resultado não foi benigno. Com exceção do grupo Habitação, todos os demais tiveram alta e isto torna a composição do índice ainda desafiadora", afirma o economista André Perfeito.

"O dado mostra que a taxa Selic deve continuar em alta, mas não há, por ora, motivo para acreditar em altas adicionais que as já anunciadas. A economia tem que desacelerar e acomodar os salários. Esta é a única variável que importa neste momento para o mercado."

O BC acelerou o ritmo de aperto dos juros na última reunião de política monetária de 2024, em dezembro. Na ocasião, elevou a Selic em 1 ponto percentual, aos atuais 12,25% ao ano, e sinalizou mais dois aumentos da mesma magnitude nos dois primeiros encontros deste ano, marcados para 28 e 29 de janeiro e 18 e 19 de março.

"O cenário não mudou, e é de continuidade de subida de juros", diz Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital.

O IPCA provocou uma leve alta na cotação do dólar. Até às 10h30, a moeda subia pouco mais de 0,30%, cotado a R$ 6,058.

A disparada, no entanto, sucedeu a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos para dezembro.

O "payroll" (folha de pagamento, em inglês) indicou que a criação de vagas de trabalho acelerou de forma inesperada em dezembro: foram abertos 256 mil postos, enquanto as estimativas de economistas variavam de 120 mil a 200 mil. A taxa de desemprego caiu para 4,1%.

O dado reforça a abordagem cautelosa do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) em relação aos cortes na taxa de juros este ano.

O Fed, na última reunião de política monetária, em dezembro, sinalizou a possibilidade de uma interrupção no ciclo de afrouxamento. A taxa hoje está na banda de 4,25% e 4,5%, depois de três cortes em 2024 que somaram 1 p.p.

A autoridade monetária trabalha com um mandato duplo, isto é, olha de perto os números de inflação e emprego para balizar as decisões de juros. Com o mercado de trabalho demonstrando resiliência e os índices inflacionários ainda acima da meta de 2%, a expectativa é por uma manutenção da taxa de juros já na próxima reunião, também marcada para 28 e 29 de janeiro.

"Não se vê muitas evidências de que uma desaceleração mais intensa do mercado de trabalho americano se aproxima, o que limita a margem de ação do Fed na condução da política monetária. Dada a última reunião, já antecipávamos uma pausa na reunião de janeiro. Com o dado do payroll acreditamos que essa pausa se torne praticamente certa", diz André Valério, economista sênior do Inter.

Na ferramenta CME Fed Watch, apostas de manutenção marcavam 97,3% de probabilidade, e os 2,7% restantes previam um novo corte de 0,25 p.p.

"A retomada dos cortes na reunião subsequente dependerá cada vez mais do comportamento da inflação, que dá sinais de consolidação em um patamar acima da meta. Os mercados, por outro lado, já não precificam mais cortes nos juros americanos até outubro. A divulgação do CPI, índice de inflação americano, na próxima quarta permitirá uma melhor avaliação do cenário."

Há ainda outro possível fator de pressão para o Fed: o novo governo de Donald Trump. O republicano toma posse no dia 20 de janeiro, e a expectativa é sobre qual será a política tarifária da maior economia do mundo.

Na quarta, a CNN informou que ele estaria estudando declarar emergência econômica nacional para ter uma justificativa legal na imposição de tarifas sobre aliados e adversários.

Enquanto ainda era candidato, Trump prometeu aplicar tarifas de 10% sobre as importações globais, além de outras de 60% para chinesas e de 25% para canadenses e mexicanas. Segundo especialistas em comércio, as medidas afetariam os fluxos comerciais, aumentariam os custos e provocariam retaliações.

Internamente, nos Estados Unidos, as tarifas ainda têm potencial inflacionário, o que pode comprometer a briga do Fed contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados.

Quanto mais altos os juros nos EUA, melhor para o dólar, que se torna mais atrativo aos investidores à medida que os rendimentos dos treasuries, os títulos ligados ao Tesouro norte-americano, crescem.

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