X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Dólar cai pela 7ª vez seguida e fecha em R$ 5,86, menor valor desde 26 de novembro

É o menor valor registrado desde 26 de novembro do ano passado, quando marcou R$ 5,808


Ouvir

Escute essa reportagem

O dólar caiu pela sétima sessão seguida nesta terça-feira (28), com variação negativa de 0,74%, cotado a R$ 5,868. É o menor valor registrado desde 26 de novembro do ano passado, quando marcou R$ 5,808. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,856. Em janeiro, a divisa americana acumula queda de 5,02% frente à moeda brasileira.

A queda do dólar em comparação ao real foi na contramão do que ocorreu com outras divisas. A moeda americana subia frente à maioria das divisas globais. Por volta das 18h30, o índice DXY, que mede a força do dólar americano em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, avançava 0,51%.

Já a Bolsa encerrou com queda firme de 0,64%, aos 124.055 pontos, após avançar quase 2% no pregão anterior. A cotação foi afetada principalmente pela queda de mais de 2% nas ações da Vale.

Investidores repercutiram o início das reuniões de dois dias do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central no Brasil e também do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) para definir a nova taxa de juros de cada país. As decisões serão divulgadas nesta quarta-feira (29). Já a taxa de juros na Europa será anunciada na quinta-feira.

Além disso, os analistas avaliaram as novas críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil e os efeitos da queda global de ações de tecnologia após a repercussão de um modelo chinês de inteligência artificial de baixo custo, a DeepSeek.

O noticiário doméstico esvaziado e a demora do governo Trump em cumprir a promessa de adotar tarifas de importação mais elevadas favorecem o real, segundo analistas financeiros ouvidos pela reportagem, mas não significa que o dólar seguirá no patamar abaixo dos R$ 6.

Os analistas estiveram à espera da 'superquarta', quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciarão a nova taxa de juros. O BCE (Banco Central Europeu) divulga a sua decisão na quinta-feira (30). A perspectiva é diferente em cada um dos mercados.

Nos EUA, os analistas preveem que o banco central americano manterá a taxa de juros inalterada, entre 4,25% e 4,5%, após terem reduzido os juros em 1 ponto percentual acumulado nos últimos três encontros.

Os europeus esperam uma queda de 0,25 ponto percentual, segundo as apostas de operadores, em meio a forte desaceleração da economia da zona do euro.

No Brasil, o próprio BC já indicou que deve subir a Selic em um ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.

O Copom iniciou a reunião para definir a nova taxa de juros nesta terça. É a primeira reunião sob o comando do novo presidente, Gabriel Galípolo.

"Esperamos que o comunicado do Copom reconheça a deterioração adicional observada das expectativas de inflação e possivelmente também a deterioração da inflação de serviços, mas também sinais emergentes de atividade real mais moderada", disseram analistas do Goldman Sachs em relatório.

Analistas consultados pelo Banco Central esperam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) termine o ano em 5,50%, segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (27).

O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O boletim também indicou um aumento na previsão da taxa básica de juros no próximo ano para 12,5%, contra 12,25% da semana passada. A Selic ainda subiu para 2027 (de 10,25% para 10,38%), mas ficou estável em 2025 (15%) e 2028 (10%).

O mercado ainda repercutiu dados sobre a arrecadação federal divulgados nesta terça. Os recursos tiveram uma alta real de 9,62% em 2024, na comparação com 2023, somando R$ 2,653 trilhões. É o melhor resultado anual já registrado na série histórica do governo, iniciada em 1995.

"Temos um cenário calmo em razão das férias do Congresso. Além disso, Lula não está falando nada que traga volatilidade para o mercado", disse Douglas Sousa, especialista em macroeconomia da Top Gain.

Com a agenda doméstica esvaziada, o que tem movido os mercados neste período são as notícias externas.

Durante um discurso na Flórida, nesta segunda-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repetiu que Brasil está em grupo de países que cobram muita tarifa e querem mal aos EUA.

"Coloque tarifas em países e pessoas estrangeiras que realmente nos querem mal", disse. "A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar."

Trump afirmou ainda que "tarifa" está entre as quatro palavras das quais hoje ele mais gosta.

Diante das falas, os investidores exibiram cautela enquanto aguardam mais medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Após um impasse entre o país e a Colômbia sobre a deportação de migrantes sem documentação quase conduzir ambos para um guerra comercial, os mercados também voltaram a temer a imposição de tarifas globais pelo novo governo dos EUA.

O país sul-americano inicialmente se recusou a receber voos com imigrantes deportados.

O presidente dos EUA reagiu e ameaçou colocar uma tarifa alfandegária de 25% em cima dos produtos colombianos. Mais tarde, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recuou e aceitou receber os aviões, levando Trump recuar na promessa de sanção.

"A postura mais moderada de Trump, especialmente em relação às tarifas sobre a China, ajudou a diminuir as tensões no mercado cambial. A demora na implementação dessas medidas enfraqueceu o dólar, aliviando a pressão sobre as moedas de mercados emergentes", afirma Hayson Silva, analista da Nova Futura Investimentos.

Apesar das consecutivas quedas do dólar, é difícil prever que a moeda seguirá abaixo de R$ 6, segundo Silva, em razão das "incertezas fiscais no Brasil e das decisões econômicas dos EUA".

"As políticas comerciais e tarifárias do presidente Donald Trump terão grande influência com o andar da carruagem", afirma Bruna Allemann, head de mesa internacional da Nomos. "Portanto, embora o cenário atual seja favorável, não há garantias de que o dólar permanecerá abaixo de R$ 6 no longo prazo."

O dia ainda foi marcado pelos desdobramentos do efeito DeepSeek.

Na segunda, a ascensão da startup chinesa DeepSeek provocou uma enorme liquidação de ações de tecnologia e de ativos de maior risco no mundo, com investidores ponderando sobre a suposta dominância das empresas ocidentais no setor.

O aplicativo da DeepSeek saltou para o primeiro lugar na lista de downloads das lojas da Apple dos Estados Unidos e também da China.

A notícia levou à busca por ativos seguros, como moedas fortes e títulos governamentais, gerando perdas em divisas emergentes.

O real escapou do movimento de fuga de risco em meio a um processo de correção de preços após a forte desvalorização no fim do ano passado.

A ferramenta chinesa usa chips de menor custo e menos dados. A última versão do programa da DeepSeek foi treinada por US$ 6 milhões (cerca de R$ 35,6 milhões) e utilizou 2.000 chops da Nvidia, contra US$ 100 milhões do modelo da OpenAI (cerca de R$ 589 bilhões), que precisou de 16 mil chips.

O montante usado pela IA chinesa desafia a ideia predominante de que apenas as maiores empresas da indústria de tecnologia -todas baseadas nos Estados Unidos- poderiam criar os sistemas de IA mais avançados.

"O sucesso da DeepSeek é um alerta e um ponto de interrogação sobre quanto precisa ser gasto para construir um modelo e se o nível de investimento que temos visto é realmente necessário", disse Ben Barringer, analista de tecnologia da Guilter Cheviot.

A Bolsa brasileira foi na contramão da queda expressiva no mercado acionário em Nova York, encerrando o pregão de segunda com alta de 1,97%, aos 124.861 pontos. Isso porque o Ibovespa tem poucas ações de empresas de tecnologia, não acompanhando as bolsas norte-americanas.

As ações da WEG chegaram a desabar mais de 8% e encerraram o pregão com queda de 7,87%, a R$ 53,31. Foi o pior desempenho da Bolsa na sessão do dia, após seis altas seguidas, período em acumulou uma valorização de quase 8%.

Nesta terça, as ações da WEG subiram 1,46%, a R$ 54,09, mas sem reverter as perdas do dia anterior.

O movimento ocorre porque a IA chinesa demanda menos computadores e data centers potentes. Com isso, empresas que vendem equipamentos ligados à eletricidade, como a Weg, tendem a ser penalizadas com o impulso dessa tecnologia.

A equipe de research do Citi, liderada por Andre Mazini, classificou a reação do mercado sobre a empresa de equipamentos eletroeletrônicos como exagerada, avaliando que a grande redução de custo ainda precisa ser comprovada e que a Weg interage com IA por meio de data centers e não de chips de alto desempenho.

Já as ações europeias fecharam a sessão desta terça-feira em um pico recorde. No entanto, ações relacionadas à IA, como a ASM International e a Schneider Electric recuaram ainda mais, com queda de 3,7% e 7,5%, respectivamente.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: