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Economia

Carne vai ficar mais cara após guerra na Ucrânia

Conflito no Leste da Europa afeta o bolso do consumidor, com o aumento no custo da produção e no preço de alimentos no mercado


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A invasão da Rússia em território ucraniano, apesar de acontecer do outro lado do mundo, deve ter reflexos aqui no Brasil, como a alta nos preços de alimentos mais básicos. O valor da carne é um dos que não vai escapar desse aumento.

Imagem ilustrativa da imagem Carne vai ficar mais cara após guerra na Ucrânia
Cortes de carne à venda em supermercado: conflito na Ucrânia impacta em insumos utilizados na pecuária |  Foto: Arquivo / AT

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o preço dos alimentos deverão ter uma alta, mas a magnitude vai depender do andamento do conflito no Leste europeu.

“O preço a gente acha que terá alta sim. Quanto? A soja já subiu, já caiu um pouco, o milho já subiu, já caiu um pouco. Isso é uma commodity. A gente tem que acompanhar e diminuir os impactos que poderão ter. Isso tudo depende, se a guerra acaba hoje ou amanhã, é um impacto, se continuar por muito tempo, é outro”, comentou.

Para entender um pouco sobre o impacto dos valores, economistas explicam que a alta dos preços se devem a popular lei da oferta e da procura. Junto a isso, vale lembrar que Rússia e Ucrânia são exportadores de grãos, e os russos também são fortes na exportação de fertilizantes, o que impacta na produção mundial de alimentos.

O economista Eduardo Araújo explica que, além de alimentos como milho e soja, o preço da carne pode ter nova alta, justamente porque alguns desses alimentos são utilizados na criação de gado.

“A carne também pode subir, pois a Rússia é grande exportadora de milho e soja, e o gado consome esses insumos. Inclusive, os preços dessas commodities no mercado já tem sofrido alteração”, lembrou o economista.

“A Rússia também fornece cerca de 30% do trigo para o mundo todo. A produção agrícola também depende do mercado russo: 85% dos fertilizantes do Brasil são importados”, ressaltou Eduardo.

Membro do Conselho Regional de Economia do Estado (Corecon-ES), Sebastião Demuner cita os fertilizantes, exportados pela Rússia, como o grande desencadeador de altas nos preços dos alimentos no Brasil.

“O agronegócio do Brasil é muito grande, e isso vai ser repassado para o milho, a soja, o algodão, pois são matérias-primas. Os fertilizantes são aplicados nesses produtos, e por isso serão afetados”, explicou Demuner.

Investidores fazem dólar cair

Enquanto a guerra entre Rússia e Ucrânia provocou quedas nos principais mercados globais de ações ontem, investidores voltaram a buscar no Brasil oportunidades de ganhos com a valorização de materiais básicos com oferta prejudicada pelo conflito. O principal reflexo foi a queda de 1,56% do dólar, que encerrou o dia cotado a R$ 5,0280.

Índice de referência da Bolsa de Valores do Brasil, o Ibovespa operou no azul durante quase todo o dia, apoiado no crescimento de empresas produtoras de petróleo, minério de ferro e aço. Ao final da sessão, porém, o indicador fechou perto estabilidade. Houve queda de 0,01%, a 115.165 pontos.

Com novo impulso das commodities, como o minério de ferro, cujo valor dos contratos subiu 3,69% ontem, os mercados de câmbio e de ações voltaram a refletir a entrada de investidores internacionais no País.

Antes do início da guerra, o Brasil já despontava nos últimos dois meses como um destino atraente para estrangeiros em busca de lucros rápidos enquanto bolsas dos principais mercados estavam devolvendo ganhos obtidos em anos anteriores.

Países desenvolvidos se preparam para elevar juros para tentar frear uma inflação global. Enquanto os juros por lá não sobem, países de economia emergente são opções para ganhos momentâneos.

Alternativa à falta de fertilizantes

Alta no preços de alimentos

> A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou  que o preço dos alimentos deverão ter uma alta, mas a magnitude depende do andamento do conflito entre Ucrânia e Rússia.

> Os preços dos alimentos estão subindo em todo o mundo, pois Ucrânia e Rússia são grandes fornecedores globais de grãos.

> Além disso, há o risco de escassez de fertilizantes pelo planeta, produto que também é forte na região.

Sobe e desce do dólar influencia nos preços

> Há também o impacto causado pelo dólar, cuja cotação sofre oscilações em momentos de turbulências e incertezas.

Alternativas

> A ministra afirmou que a safra atual já está acontecendo. O que era necessário de fertilizante já chegou e o produtor rural já está plantando.

> A Rússia é um dos principais exportadores de fertilizantes para o Brasil e a Bielorrússia também é um ator importante no mercado, e está sob sanções do governo americano desde o ano passado.

> A safra de verão, que tradicionalmente começa a ser colhida no fim de setembro, é uma preocupação, mas o setor privado já sinalizou que há um estoque de fertilizantes.

> Há um plano de busca por outros parceiros como o Chile, no caso do potássio, e países da região do Oriente Médio, como Catar e Arábia Saudita, que têm disponibilidade de nitrogenados, como a ureia.

> O plano B seria um trabalho que a Embrapa deve desenvolver com os produtores para diminuir o uso de fertilizantes, mantendo o patamar de produção.

> A ministra ainda ressaltou que o governo tem elaborado um Plano Nacional de Fertilizantes, com o objetivo de diminuir a dependência brasileira da importação desses produtos.

Fonte: Ministério da Agricultura.

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