28 mil trabalhadores do ES já fizeram empréstimos usando o FGTS como garantia
Programa já beneficiou 28 mil trabalhadores com juros mais baixos no ES
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Mais de 28,3 mil trabalhadores do setor privado com carteira assinada do Espírito Santo já usaram o Crédito do Trabalhador – programa do Governo Federal que permite empréstimos garantidos pelo FGTS.
O valor total dos contratos no Estado chegou a R$ 145,82 milhões até o dia 7 de maio. Com empréstimos médios de R$ 5,03 mil, a média das parcelas ficou em R$ 325,52.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressalta a importância de fugir dos juros altos do cartão de crédito.
“O programa melhora a qualidade de vida das famílias trabalhadoras, que podem tomar um crédito com juros mais baixos, visto que os empréstimos têm garantias que chegam a 10% do FGTS”.
Ele ressaltou, no entanto, que o trabalhador precisa ter cautela para fazer o empréstimo e pesquisar as melhores taxas.
Com pouco mais de um mês de funcionamento, o Crédito do Trabalhador já superou R$ 10 bilhões de empréstimos consignados aprovados para 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada em todo o País.
A média dos empréstimos alcança quase R$ 5,4 mil por contrato, com prestação média de R$ 323,76 e prazo de 17 meses.
Atualmente, o programa conta com 35 instituições financeiras parceiras.
Os números
-> R$ 5.030 valor médio dos empréstimos
-> R$ 325,52 prestações, em média
Saiba Mais
Consignado CLT
O programa do governo federal – Crédito do Trabalhador – facilita o acesso ao crédito consignado para empregados do setor privado.
O programa permite que trabalhadores celetistas, domésticos, rurais, empregados de MEI solicitem crédito junto às instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que permite que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio.
1. Como ter acesso?
Na página da Carteira de Trabalho Digital na internet ou no aplicativo de mesmo nome, o trabalhador pode autorizar o compartilhamento dos dados do eSocial, sistema eletrônico que unifica informações trabalhistas, para pedir a proposta de crédito.
Após a autorização de uso dos dados, o trabalhador recebe as ofertas em até 24 horas, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal eletrônico do banco.
Os bancos também podem operar a linha do consignado privado dentro de suas plataformas digitais.
2. Qual o desconto no salário?
As parcelas do crédito consignado são descontadas na folha do trabalhador mensalmente, por meio do eSocial, até a margem consignável de 35% do salário bruto, incluído comissões, abonos e benefícios.
3. Quem tem direito ao crédito?
Qualquer trabalhador com carteira assinada, empregados domésticos e rurais; assim como empregados contratados por MEI.
4. Como fica o pagamento das parcelas em caso de demissão?
No caso de desligamento, o valor devido será descontado das verbas rescisórias, observado o limite legal de 10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 100% da multa rescisória.
Se o valor descontado for insuficiente, o pagamento das parcelas é interrompido, sendo retomado quando o trabalhador conseguir outro emprego CLT. Nesse caso, o valor das prestações será corrigido. O trabalhador também poderá procurar o banco para acertar uma nova forma de pagamento.
5. Haverá teto de juros?
Não. Embora existam tetos de juros no consignado do INSS e no consignado para servidores públicos, o governo optou por não limitar as taxas.
Portabilidade
A portabilidade entre bancos no consignado CLT foi adiada para sexta-feira. A medida estava prevista para começar a valer na última terça-feira, mas a Dataprev precisou de mais prazo para adaptar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
A opção de troca de dívida no programa Crédito do Trabalhador passou a valer em 25 de abril, quando os trabalhadores que tinham contratos do antigo consignado ou de CDC puderam negociar suas dívidas na própria instituição, ou seja, fazer a portabilidade de uma dívida mais cara para uma mais barata.
Dia 16 será possível trocar a dívida de banco. Em 6 de junho estará liberada a terceira fase da portabilidade, quando o trabalhador que aderiu ao consignado CLT e está pagando juros mais altos, poderá fazer a troca de banco para ter taxas melhores.
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