X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Doença faz corpo produzir hormônios em excesso

Hipertireoidismo afeta órgãos como coração e cérebro, podendo provocar taquicardia, ansiedade e até intolerância a estímulos


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Doença faz corpo produzir hormônios em excesso
Aline Sandrei Lourenço foi diagnosticada com hipertireoidismo | Foto: Fábio Nunes/AT

Você conhece o hipertireoidismo? Trata-se de uma doença que faz o corpo produzir hormônios em excesso, provocando sintomas variados como palpitações, diarreia e perda de peso, entre outros. A Tribuna consultou especialistas para explicar essa condição.

O endocrinologista Mario Zen destaca que, para compreender o hipertireoidismo, é fundamental entender a função da tireoide.

“Ela controla vários órgãos – o coração, o cérebro, entre outros. Simplificando, é como a bateria de um carro”, afirma.

Segundo Zen, o problema surge quando a glândula produz hormônios em excesso, afetando diversos sistemas.

“Se o coração é impactado, o paciente pode desenvolver taquicardia; o sistema nervoso pode reagir com ansiedade, agitação e intolerância a estímulos”, explica.

Outros sintomas comuns são intolerância ao calor, aumento do apetite e emagrecimento. Menos frequentes, mas também significativos, são fraqueza, dificuldade para respirar e queda de cabelo.

O médico ressalta que os sintomas clínicos são o primeiro indicativo da doença e que a realização de exames é essencial para identificar suas causas.

“Pacientes com histórico familiar ou que passaram por procedimentos na tireoide, como radioterapia cervical, devem se manter atentos e fazer avaliações periódicas”, aconselha.

A endocrinologista Priscila Pessanha complementa que o tratamento do hipertireoidismo depende da sua causa e precisa ser individualizado.

“Existem casos decorrentes de doenças autoimunes, nódulos hiperfuncionantes, alterações hormonais transitórias durante a gestação, alterações pós-virais e inflamatórias e até pelo uso inadequado de fórmulas emagrecedoras contendo hormônios da tireoide”, esclarece.

Ela também destaca que a doença afeta mais mulheres do que homens, embora a razão exata ainda seja incerta.

“Pode haver uma influência hormonal, mas também é fato que as mulheres procuram atendimento médico com mais frequência”, conclui.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tireoide.

É importante estar atento, pois todas as pessoas, independente de sexo e idade, estão sujeitas a alterações.

“Perdi 19 quilos e 80% do cabelo”

A cabeleireira e manicure Aline Sandrei Lourenço, de 36 anos, começou a sentir os sintomas em janeiro de 2024. Na época, não prestou atenção. “Pensei que era menopausa, ansiedade ou exaustão, por que tive uma mudança de rotina. Mas em agosto e setembro, os sintomas pioraram. Comecei a ter diarreia crônica e perder peso”.

Mas, ocupada, ainda esperou até janeiro para ir ao médico. No final do mês, recebeu o diagnóstico: hipertireoidismo avançado. Ela conta que já perdeu 19 quilos e 80% do cabelo. Mas o que mais a incomoda é não conseguir fazer nada sozinha.

“Por causa da doença, não consigo trabalhar, nem fazer nada sozinha. É como se meu tempo fosse roubado. Aconselho todos a procurarem o médico”. Por enquanto, o tratamento não está funcionando e Aline aguarda novos exames.

Saiba mais

O que é

O hipertireodismo é uma alteração da glândula tireoide onde os hormônios T3 e T4 são produzidos em maior quantidade, ou são mais liberados na circulação.

Sintomas

Taquicardia, falta de ar e batimento acelerado são alguns dos sintomas. A pessoa também pode ficar ansiosa, agitada ou “estourar” por qualquer motivo.

Vontade excessiva de comer.

Emagrecimento repentino. Especialistas explicam que é possível perder até 10 quilos em um mês.

Alguns outros são: queda de cabelo e sensibilidade à luz.

Causas

A causa mais comum do hipertireoidismo é uma doença autoimune (o próprio corpo produz proteínas que “atacam” o órgão) chamada Doença de Graves.

Outra doença da tireoide chamada bócio multinodular também pode produzir hormônios em excesso.

Outras causas podem ser a origem como alterações hormonais causadas pela gestação e remédios para emagrecer.

Atenção

Especialistas explicam que alguns pacientes precisam prestar atenção e fazer consultas periódicas, como indivíduos que tiveram algum procedimento na tireoide e com histórico na família.

Pacientes que fizeram radioterapia cervical ou que estão tratando HIV com medicamentos para combater o vírus.

O carbonato de lítio, usado para tratamento de transtorno bipolar, também pode causar o hipertireoidismo.

Fumantes têm duas vezes mais chances de desenvolver.

Tem tratamento?

Depende de alguns fatores. Existem três formas principais de tratar o hipertireoidismo. O primeiro é pela via medicamentosa.

Em metade dos casos, após o tratamento com remédios, a doença pode entrar em remissão. Na outra metade, o remédio pode não funcionar ou então a doença voltar.

Destruir a tireoide com iodo radioativo, fazendo a glândula morrer, também é uma possibilidade de tratamento.

A outra é fazer uma cirurgia para retirar a tireóide.

Fonte: Especialistas consultados.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: